Inglês – Verbos irregulares no passado
01 – To be (am, is, are) – was,were – been
Tju bi (ém’, is, ár) – uós, uâr – binn
Ser, estar, existir – foi, estava, era – estado, existido
02 – To become – became – become
tchu bicâ m’ – bikêi m’ – bicâ m’
ficar, tornar-se – ficou, tornou-se – ficado, tornado, etc
03 – To begin – began – begun
Tchu bigui’nn – bigué’nn – bigânn
Começar, originar – começou, originou – começado, originado
04 – To Blow – blew – blown
Tchu blôu – blú – blôunn
soprar, esmurrar – soprou, esmurrou – soprado, esmurrado
05 – To break – broke – broken
Tju brêik – brôuk – brôuk’n
Quebrar, interromper, intervalo – falido, quebrou, interrompeu, quebrado, interrompido
06 – To bring – brought – brought
Tchu brinn – brót – brót
Trazer, conduzir, persuadir – trouxe, conduziu, persuadiu – trazido, conduzido, persuadido
07 – To build – built – built
Tchú bild – bilt – bilt
Construir, produzir, basear – construiu, baseou – construído, produzido
08 – To burst – burst – burst
Tchú bârst – bârst – bârst
Explodir, agir – explodiu, agiu – explodido, agido
09 – To buy – bought – bought
Tjú bái – bót – bót
Comprar, subornar – comprou, subornou – comtrado, subornado
10 – To cast – cast – cast
Tchu kést (é = mistura de á e é) – kést – kést
Elenco (atores), arremessar, arranjar, disposição – arranjou, arremessou – arranjo, disposição
11 – To catch – caught – caught
tchu Kétsh – kót – kót
Prender, pescar, surpreender, pegar, enganchar – prendeu, pegou, etc – pegado, prendido, etc.
12 – To choose – chose – chosen
Tju tshuz – tshôuz – tshôuz’n
Escolher, preferir – escolheu, preferiu, etc. – escolhido, preferido, selecionado, eleito
13 – To come – came – come
Tchu kâmm – kêimm – kâmm
Vir, aproximar, chegar, etc. – veio, aproximou, chegou – aproximado, chegado, etc.
14 – To cost – cost – cost
Tju kóst – kóst – kóst
Custar, valer, importar, etc – custou, importou – custado, importado, perdido, gastado, etc.
15 – To cut – cut – cut
Tchu kât – kât – kât
Cortar, rachar, esculpir, ferir – cortou, feriu – cortado, ferido, etc.
16 – To deal – dealt – dealt
Tju dil – délt – délt
Negociar, intermediar, lidar com – negociou, intermediou, lidou com – negociado
17 – To dig – dug – dug
Tchu dig – dâg – dâg
Cavar, capinar – cavou, capinou – cavado, capinado
18 – To do – did – done
Tchu dú (mistura de dú com djú) – did – dânn
Fazer, cumprir, efetuar, etc – fez, efetuou – feito, efetuado
19 – To draw – drew – drawn
To dró – dru – drónn
Desenhar, puxar, inalar – puxou, desenhou – persuadido, arrastado, descoberto, desenhado empatado
20 – To dream – dreamt – dreamt
Tju drimm – drim’t – drim’t
Sonhar, quimera, fantasiar, visão – sonhou, viu fantasiou – sonhado, visto, fantasiado
21 – To drink – drank – drunk
Tjú drink – drénk -dránk
Beber, ensopar – bebeu, ensopou – bebido, ensopado – bêbado, ébrio, molhado
22 – To drive – drove – driven
Tjú dráiv – drôuv – dráiv’n –
Dirigir, direção, ato – dirigiu, rebanho, manada, multidão – dirigido
23 – To eat – ate – eaten
Tjú it – êit – iten
Comer, mastigar, consumir – comeu, mastigou, consumiu – comido, mastigado, consumido
24 – To fall – fell – fallen
Tjú fól – fél – fól’n –
cair, ruir, morrer – caiu, ruiu, morreu – decaído, arruinado, morto
25 – To feed – fed – fed
Tjú fid – féd – féd
Alimentar, prover, engordar – alimentou, engordou – provido, alimentado
26 – To feel – felt – felt
Tjú fil – félt – félt
Sentir, tocar, examinar – sentiu, tocou – examinou – sentido, tocado, examinado
27 – To fight – fought – fought
Tjú fáit – fót – fót
Lutar, pugnar, defender-se – lutou, pugnou, defendeu-se – luta
28 – To find – found – found
Tjú fáin – fóund – fóund
Encontrar, achar, descobrir, verificar, julgar, decidir, provar – encontrado – encontro, descoberto, prova
29 – To fly – flew – flown
Tjú flái – flú – flôunn
Voar, fugir, flutuar – voou, fugiu, flutuou – fugido, flutuado
30 – To forget – forgot – forgotten
Tjú fórguét – fórgót – fórgót’n
Esquecer, desprezar – esqueceu, desprezou – esquecido, desprezo, desprezado
31 – To freeze – froze – frozen
Tjú friz – frôuz – frôuz’n
Gelar, congelar – gelou, congelou – gelado, congelado
32 – To get – got – got
Tjú guét – gót – gót
Conseguir, tomar, pegar, adquirir – tomou, conseguiu, pegou – tomado, conseguido, pegado
33 – To give – gave – given
Tjú guiv – guêiv – guiv’n
Dar, conceder, conferir, pronunciar, desistir (seguido de up) – deu, conferiu – dado, conferido
34 – To go – went – gone
Tjú gôu – uênt – gônn
Ir, dirigir-se a, partir, conceder, andar – foi, partiu – ido, partido concedido
35 – To grow – grew – grown
Tchú grôu – grú – grôun
Crescer, plantar, tornar-se, vir a ser – cresceu, plantou, tornou-se – crescido, plantado
By Jânio
Jovens homens velhos
É natural que a responsabilidade dos mais velhos passe para os mais jovens e isso deveria ocorrer gradativamente, sem traumas. O homem mais velho não precisa necessariamente ser velho para ceder o seu lugar no trabalho, nem deveria abandonar suas funções definitivamente.
Ao ler notícias políticas nos jornais, podemos notar o quanto as velhas raposas desprezam a ética, dando um bom mau exemplo de como não se deve comportar. Graças a esses velhinhos malditos, os jovens homens velhos não tem uma boa aposentadoria e acham certo continuar trabalhando, enquanto jovens de trinta anos ainda procuram o seu primeiro emprego.
Eu já pude comprovar que muitas pessoas, principalmente aquelas que trabalham à noite e plantonistas, costumam acumular cargos, para conseguir pagar a faculdade e a saúde dos filhos. Também há pessoas que trabalham até vinte horas por dia, num único emprego, e isso não é muito comum entre os escravos brasileiros.
Algumas profissões permitem que as pessoas trabalhem acima de seu limite físico, mas o seu limite psicológico nem sempre suporta essa jornada tão desgastante. Quando a saúde acaba, o jovem homem velho descobre que não planejou sua vida como deveria, e nem educou os filhos.
Jornadas dobradas de trabalho ajudam a aumentar ainda mais a desigualdade social, eu já pude ver até onde vai a degradação humana.
Cada vez que surge um novo conjunto habitacional, financiado pelo governo, eu noto como a especulação imobiliária atrai aventureiros dispostos a tudo para conseguir sua casa. Enquanto isso, pessoas sem influência políticas tem de mendigar ou se prostituir para conseguir sua vaga.
Alguns grupos de pessoas se organizam e invadem propriedades abandonadas, financiadas com dinheiro público, para em seguida sofrerem as consequências de seu ato impensado, ou mal pensado. Já surgiu até um modo de ganhar dinheiro com essas invasões, onde as supostas vítimas negociam suas terras com o governo, pelo dobro do preço, para supostamente ajudar as pessoas necessitadas.
No interior do Brasil também há pessoas que invadem as terras, nativas ou de povos indígenas, com a intenção de vender, passar para seus patrões, proporcionando um grande lucro. Essas práticas dão uma ideia de como a reforma agrária é um processo complexo.
Os seringueiros sabem como funciona essa legislação seletiva e a libertação de um dos homens presos por matar uma freira americana, mostra a política cruel do STF, além de ajudar a explicar a discriminação dos brasileiros lá fora.
A injustiça brasileira, combinada com o sistema elitizado, deixam uma pergunta: Há tanta gente importante assim no Brasil, ou será que é o crime organizado que chegou ao seu limite? Afinal, quando é que vamos todos começar roubar e matar, para conseguirmos sobreviver?
Você acredita que o Brasil está melhorando? Eu também acredito, assim como eu acredito que a inexperiência de um partido político no governo, mostrou como nosso sistema político é sujo e desprezível – Esse “crescimento” do Brasil tem provocado polêmicas lá fora.
A maioria dos meus leitores tem opiniões parecidas, relacionadas com o crescimento do Brasil: “Não foi o Brasil que cresceu, foram os outros que caíram.”
Enquanto os estrangeiros chegam para empreender e ocupar as vagas que a nossa infra-estrutura não teve competência para suprir, brasileiros embarcam rumo ao seu destino desconhecido, provavelmente para limpar privadas em países de primeiro mundo.
O crescimento brasileiro tem sido motivo de polêmicas pelo mundo inteiro, afinal, nosso país sempre foi muito rico, com um povo muito pobre, mas nunca tivemos tanta atenção das comunidades internacionais.
Essa responsabilidade com o desenvolvimento sustentável e com a economia mundial, poderá nos trazer problemas. Haverá uma exigência muito grande por parte do novo mundo globalizado – não confundir com economia globalizada.
Resta saber qual será a maior preocupação do governo, satisfazer as exigências de um desenvolvimento sustentável, economicamente e ecologicamente, ou o nosso desenvolvimento social?
Certamente, deveríamos nos preocupar com tudo o que é certo e correto, mas isso será impossível, enquanto a máfia estiver no comando.
By Jânio
Eu não acredito em teoria da conspiração
Mortes misteriosas de celebridades
A guerra ao narcotráfico no Rio
Costuma-se dizer, entre os comentaristas e sociólogos, que a guerra travada entre a polícia e o narcotráfico não é o cartão postal que a cidade do Rio gostaria de divulgar.
Não são só as notícias ruins que espalham rápido, as imagens e vídeos também.
Sérgio Cabral será conhecido, pela história, como o homem que declarou querra ao tráfico de drogas. O Governador que conseguiu unir as polícias, apesar das denúncias constantes de corrupção, relacionadas ao quadro policial do país.
A criminalidade, assim como vários outros problemas, estão diretamente ligados a gestão pública.
É cansativo repetir sempre a mesma coisa, mas o que está efetivamente sendo feito, para que outras guerras não venham a ocorrer no futuro?
O mais assustador, quando assistimos essas imagens de guerrilha urbana, é imaginar que essa violência está se espalhando por todo o país. A violência do Rio já se tornou violência das regiões metropolitanas.
Uma organização que, segundo algumas notícias vindas do Paraguai e Colômbia, ultrapassaram fronteiras.
Evidentemente que não podemos criticar o Governador que mais combate o crime nas comunidades dos morros, mas sim o sistema. Tanto em São Paulo, quanto no Rio, nota-se que a violência está muito acima dos partidos.
Será que há interesses envolvidos à essas guerras? – …à julgar pela incompetência de nossos políticos, e pelas análises notadamente parciais de nossos jornalistas, nota-se que o problema não é só político.
Eu tenho notado que a cada medida enérgica, por parte do sistema, o povo mais pobre sempre é o primeiro a sofrer as consequências. Foi assim no primeiro congelamento do Governo Sarney, Collor, Itamar, FHC e Lula.
Sempre houveram críticas da oposição, mas sempre ficou claro que essa era a maneira mais cômoda de governar.
Os arquivos secretos do Governo são capazes de assustar até o mais perigoso bandido do mundo.
Recentemente, alertamos para a falta de controle de armas da própria polícia, um problema crônico, onde a arma é fornecida pelos policiais corruptos, e recuperada pela própria polícia, durante a prisão do marginal, voltando a se tornar mercadoria a ser comercializada.
A corrupção no Brasil pode ser medida pelo impostômetro, o maior símbolo da vergonha nacional. A conclusão é de fácil assimilação: Quanto mais impostos, mais corruptos.
Não há nenhum plano de redução de impostos, nunca houve, o que prova que a corrupção está acima dos partidos, está nas mãos dos coronéis da política e das mídias de massa, aliados dos banqueiros e empresários, patrões dos políticos corruptos.
A saída passa pelas alternativas oferecidas pelas eleições, a pergunta que sempre fica é: Quais são as chances dos pequenos partidos, e quais as possibilidades de governabilidade?
Movimentos populares, como o Ficha Limpa, podem ser um bom começo, mas não a solução.
Quanto menos corruptos na política, menor a possibilidade de manipulação, menor a força da máfia.
Eu não participei do Ficha Limpa, simplesmente porque não acreditava que poderia resultar em bons resultados, já que os grandes políticos, e envolvidos em esquemas de manipulação, raramente são detectados pela justiça.
Apesar disso, todos nós notamos que o Ficha Limpa funcionou, e foi apenas a ponta do iceberg, muitos políticos cairam, não pelo Ficha limpa, mas por vontade do próprio povo. Se a memória do povo era curta, com a ajuda da internet, ela se refrescou.
Tentaram inclusive criar projetos para controlar a informação na rede, além de descobrirem que é impossível esse tipo de controle, descobriram também que os internautas são muito mais informados que eles pensavam.
Essa guerra no Rio, não deverá solucionar os problemas da Cidade Maravilhosa, muito menos do país inteiro. A solução é muito mais complexa, principalmente quando falta boa vontade.
Muita gente morrerá, chegando ao ponto de os próprios traficantes incitarem essa violência, já que normalmente é a polícia que começa o barulho. Pode ser que a logística sofisticada, dos poderosos traficantes, já tenha detectado os benefícios dessas guerras tolas e inglórias.
Quanto menos traficante vivo, maior o lucro, já que acabar com o tráfico é praticamente impossível. O tráfico é um reflexo de nosso sistema.
Como disse o grande filósofo Geraldo Alckmin: “Durante os ataques do PCC, foi a época em que se registrou o menor índice de criminalidade em São Paulo”.
A organização do crime, ironicamente, impossibilita que todos os marginais pratiquem o crime em seu território, já que o policiamento nunca será suficiente para conter a criminalidade.
A “PPP” continuará o seu joguinho sujo pelo poder, enquanto isso, o povo assiste a tudo sem poder participar, a não ser em época de eleições.
Muitos políticos “sujos” caíram, muitos ainda haverão de cair, desde que o povo veja o lado bom de seu voto, deixando muitos políticos veteranos sem mandato.
https://icommercepage.wordpress.com/2009/10/20/violencia-do-rio-vista-de-fora/
https://icommercepage.wordpress.com/2010/09/15/a-crise-da-ppp/
By Jânio
Brasil – Um povo dividido entre o presente e o passado
Esse tema já virou clichê, aqui no madeinblog/icommercepage, eu não quero esquecer de como funciona a sociedade brasileira, nem de como somos enganados.
Estamos sempre a procura do maior, ao invés do melhor, esse sentimento tem sido muito utilizado pelos institutos de pesquisas, principalmente no caso de intenção de voto.
Esse é um sentimento que vem do tempo da Monarquia, passando pela Proclamação da República, Regime militar, e até pelo movimento de Diretas Já.
Com sistemas de controle favoráveis para si, a classe média alta se tornou preguiçosa e irresponsável, em relação ao social. Não podemos, de maneira alguma, achar que o sistema é dispensável, isso seria utopia anarquista.
Quando se trata de anarquismo, eu sei do que eu estou falando, de certa forma eu sempre tive uma certa tendência ao anarquismo, nunca segui esses pensamentos porque assim não seria anarquismo.
“Se hay gobierno, yo soy contra” – Você faz ideia de quem disse essa frase? – Além dele, só o Mestre, Jesus, foi mais revolucionário.
A questão básica é: Um povo não pode se prostituir diante de sua própria sociedade ou ideologia, esse povo precisa se dar o valor, através do qual o sistema decidirá o que nós merecemos.
Nós nunca nos mobilizamos para nos dar o valor; quando isso ocorreu, ocorreu de forma errada, ou seja, fomos manipulados pelo sistema elitizado, quando nosso objetivo deveria ser uma mobilização contra o próprio sistema. Essas mobilizações, em prol do sistema, ao invés de aumentar o nosso valor em relação a ele, diminuiu.
Não é difícil saber onde estão localizadas as principais peças dessa engrenagem, local onde deverá ser feito o ajuste; também não é preciso guerra ou revoluções, as guerras implicam em decisões arbitrárias, portanto elitista. Mudanças radicais, sem a identificação do povo, nunca poderão se sustentar; a satisfação do povo sempre deverá ser o objetivo final.
Quem matou Jesus? – As instituições costumam afirmar que quem matou Jesus foi o povo, na realidade, essas instituições transferem para o povo a sua própria responsabilidade. O povo, de fato, eram aquelas pessoas que o seguiam, as pessoas que abandonavam a produção de seu próprio alimento de sobrevivência, para ouvirem as verdades proferidas pela boca daquele homem santo.
A elite tem escolhido o sistema de governo que é melhor para o povo; desde o seu descobrimento, o Brasil nunca mudou, na área política.
Durante muito tempo, foi bom para as classes dominantes, viver como colônias, sob o poder paternal do governo Português. Passados séculos, esse sistema deixou de agradar às classes poderosas da colônia, foi proclamada a Independência.
A independência, de fato, não ocorreu, foi apenas uma forma de acalmar o manipulado povo brasileiro.
O sentimento de independência, criado pela elite, foi vencido pela demagogia da monarquia, assim o poder se sustentou por mais algum tempo.
Não satisfeita com o processo de transferência de poder, dentro da família real, a elite conspirou novamente, criando o sentimento de República. Foi proclamada então a República Federativa “Militar” do Brasil.
Desde então convivemos entre a Democracia e o Regime Militar, entre as mudanças manipuladas e os interesses elitistas.
O último período de Regime Militar, a que fomos submetidos, parecia interminável, e seria se o poder conseguisse se sustentar por mais tempo, atendendo aos interesses das classes médias altas.
As peças a serem ajustadas, dentro do sistema, são as mídias de massa. São essas instituições que criam as suas próprias verdades, são essas instituições que precisam ser controladas, e criticadas, por terem o poder de controlar as massas.
Não confunda o poder de controle e manipulação, com o processo de formação de opinião pública, esse último é inteligente, dinâmico e possui uma capacidade considerável de autocrítica, acompanhando suas doutrinas. Na formação de opinião pública, a lógica e todas as ideias que seguem nessa mesma direção, são agregadas, inclusive com a capacidade de redirecionar a linha matriz desse pensamento.
A partir do momento em que o Regime Militar não conseguiu se sustentar, fez se necessário a criação, através das mídias de massa, de um novo sentimento para o povo, as Diretas Já.
O movimento das Diretas Já, foi um sucesso, mas o seu processo, em si, foi um fracasso.
Articulado por um homem considerado mestre na arte da política, ele conseguiu quase unanimidade, conseguiu até convencer o Governo Militar que o seu partido teria chance. Segundo as más línguas, teria pago para alguns políticos votarem contra, criando um ambiente de competitividade.
Depois da vitória massacrante, esse homem, chamado Tancredo Neves, morreu sem tomar posse. Esse foi apenas o início de um processo, desencadeado por sua morte.
Seu vice, todos nós sabemos, bebeu da fonte da ditatura durante muito tempo, antes disso, e depois disso também, ele mostrou uma habilidade incrível de mudar de lado. Essa capacidade de mudar de lado, dos políticos brasileiros, deixa-me em dúvida sobre a real ideologia deles.
Em todos os países do mundo, a ideologia de esquerda é relacionada com os partidos populares, socialistas, etc. A ordem dos fatores é clara, são simpatizantes dos democratas americanos, sem necessariamente serem democratas; se houvesse uma disputa entre os democratas e um terceiro partido socialista ou trabalhador, os democratas perderiam a preferência, esse é o conceito de esquerda.
No Brasil, isso até funciona parcialmente, ou hipocritamente. Todos os partidos socialistas e trabalhistas, com exceção do PDT, tendem a apoiar o PT. O PT é o partido de esquerda, e o fato de ele estar no poder não muda isso, sua formação é socialista – ou deveria ser.
Se o PT é um partido de esquerda, o que José Sarney faz no governo. Aqui começa a grande confusão chamada bipartidarismo, em outras palavras, um bolo repartido ao meio, sem a participação do povo.
A lei da governabilidade, em sistemas bipartidários, é cruel.
Quando se especulou que o PSDB poderia se aliar ao PT, em seu fim de mandato, isso se deveu ao fato de o PT ter uma tendência anarquista, ou seja, contra tudo. FHC ajudou nessa especulação, afinal de contas, ele foi uma peça fundamental, talvez até contra sua própria vontade, ao dizer: “Se Lula ganhar o Brasil não vai quebrar, isso é coisa de estrangeiros que querem mandar no país.”
O que se sabe, é que entre as poucas operações da Polícia Federal, autorizadas pelo Governo FHC, houve uma que chamou a atenção, foi a apreensão de uma fortuna, não declarada, na casa da família Sarney antes da possível candidatura de sua filha. Isso tornou impossível a convivência do PMDB e PSDB do mesmo lado do bolo.
O primeiro Presidente a desafiar o sistema internacional foi o próprio Sarney. Ele tirou das mãos do Regime Militar a dura tarefa de dar o calote na dívida, além da dura missão de realizar algumas mudanças que o desgastado Regime Militar não poderia realizar. Mais uma vez o povo foi enganado, foi o próprio Regime Militar quem apoiou o Governo de Sarney, ninguém poderia dar o calote na dívida externa e criar um congelamento em fase de transição política, sem o apoio militar.
O governo seguinte, de Fernando Collor, tinha tudo para dar certo, tinha até um perfil presidencialista linha dura. O grande problema é que ele não tinha um grande partido, não tinha apoio; a corrupção foi a alternativa para convencer políticos a aderirem a causa, tudo deu certo, pelo menos por algum tempo.
Quando Collor criou medidas protegendo os pobres, expondo a classe média alta aos efeitos devastadores do sistema, aqui, ele cometeu o primeiro erro. Não se pode atacar a classe média alta, usando uma instituição dominada por ela, como é o caso da política.
A partir daí, todos os crimes do submundo da política estavam prestes a serem expostos. Todos nós sabemos que não é possível resolver todos os problemas de corrupção, num país como o Brasil.
Era preciso um testa de ferro, alguém para responder por todos os corruptos, esse alguém foi PC Farias. Tudo teria se resolvido, se PC tivesse aceitado a dura missão; acho que na confusão, alguém esqueceu de avisá-lo.
“Todos vocês que me acusam são hipócritas”, isso soou como, todos vocês receberam dinheiro. Uma regra básica, no Brasil é: “Não ameace, denuncie!” PC cometeu esse erro, pagou caro.
Quando FHC diz que o mensalão foi pior que o Esquema de PC, isso está certo, até porque foi ele mesmo que não deixou a Polícia Federal trabalhar, durante todo o seu mandato.
Itamar Franco foi o vice de collor, isso não foi muito bom para a sua carreira política. Durante o seu mandato trocou muitas vezes de Ministro até chegar a FHC, um político com passado socialista e que conhece muito bem os dois lados, esquerda e direita.
FHC controlou a economia, pelo menos até o final de seu mandato, foi aí, que mesmo contra a sua vontade, disse que Lula não quebraria o Brasil; Na verdade quem não quebraria o Brasil era a especulação, caso ele agisse rápido.
Assim, a classe média alta perdeu uma grande oportunidade de se unir a classe operária, perdendo seu espaço para o clube fechado da política.
Com a vitória do PT, não houve nenhuma novidade, em relação aos governos socialistas, exceto pelo mensalão. Todo mundo ficou surpreso com o mensalão, mas há quem tenha dito: “Vocês não sabiam? – Sempre houve um caixa dois – Como vocês acham que esses megashows são pagos? – nós apenas demos maior transparência a esse processo.”
Agora, como sempre, o passado e o presente conspiram para que o povo não tenha um futuro. É Bom que se diga: “Sempre haverá um amanhã, o problema é que, no Brasil, isso só ocorre de trinta em trinta anos.”
O brasileiro tem medo de mudanças, mesmo sabendo que elas são inevitáveis. Sabendo disso, os políticos fazem a sua parte, atendendo o desejo do povo, de sempre manter tudo do jeito que está.
By Jânio
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