Crises institucionais
Para quem achava que a política estava muito monótona, os últimos vazamentos privilegiados provocaram um apocalipse político no país. Não é pouca coisa não, de um lado o nome mais importante do PMDB no momento, Michel Temer, e do outro, o nome mais importante do PSDB, Aécio Neves. Um é presidente do Brasil, o outro é presidente do maior partido da atualidade, PSDB, pelo menos segundo a última eleição.
Acontece que as últimas eleições para prefeitos e vereadores deixaram claro a decadência do partido do PT e aliados. Só que não, já que o PT nunca foi muito forte nessa esfera política: municipal. Os antigos aliados do PT abandonaram a esquerda, alguns mudaram de nome e outros pretendem mudar, na esperança de não perderem os políticos que ainda estão juntos.
Como eu disse no outro blog, Temer não se expôs tanto, sabe que quando abre a boca só sai besteira. Já no caso do Aécio, nunca se ouviu tanta m**** na história desse país.
Para evitarmos os palavrões, poderíamos falar na língua dos “milhões”: a irmã pediu um milhão para comprar um apartamento para a irmã, o irmão pediu dois milhões para custos judiciais, etc.
Mas não foi só isso, não é mesmo? A linguagem usada e a maneira de fazer política, assustou, e isso causou revolta em todo mundo, nem a Globo conseguiu se conter, afinal, havia um script, e a ordem reversa do golpe seria muito importante.
É importante destacar que os irmãos Batista sabem muito bem como funciona a máfia midiática no país, mas é preciso destacar também o interesse da mídia estrangeira no país mais importante para o fim da fome no mundo. Os irmãos Batista aproveitaram isso para mostrar ao mundo o que está acontecendo aqui, protegendo provas no exterior, inclusive com dupla cidadania, bem ao estilo global de fazer negócios. Lembramos que o escândalo envolvendo a máfia da Globo e a FIFA, CBF, COI. desapareceu, depois de ser encaminhado para os EUA, já que a Globo é uma ferramenta política dos USA e UK.
Eu fico me perguntando o que poderia ter dado errado nessa estratégia golpista:
A – Acordo da PGR, Janot, com os irmãos Batista, JBS,
Não faltaram críticas a este acordo obscuro que protegia os irmãos Batista em troca de uma delação premiada cujo objetivo sempre foi político, até o impeachment da Dilma fora com objetivos políticos, onde o vice foi protegido para fazer toda a sujeira, assim como no impeachment de Collor.
A última delação dos irmãos Batista demonstrou claramente o que todo mundo já sabia: Ainda há muito material guardado para ser vazado como prova de crimes de autoridades que ainda estão intocáveis. Isso explica porque Marcelo Odebrecht está preso e agora os irmãos Batista também.
Trata-se de controlar os possíveis delatores, fazendo com que as delações premiadas voltem a ser seletivas, ou seja, atingindo alvos específicos. Talvez os irmãos Batista já soubessem de seu futuro e decidiram aproveitar os últimos dias de Janot para explodir a última bomba política a que eles teriam direito.
Apesar da Globo ter sido pega de surpresa, a informação foi direto para a internet, antes de chegar a TV, o que provocou um alvoroço da mídia em torno do oglobo ponto com, a Globo continuou com o privilégio do furo, apesar de mais nada ter sido acrescentado.
Janot fez questão de deixar a bomba para o final, o que fez com que o Governo fizesse uma caça implacável por flagrantes de Janot, e acabou conseguindo uma foto comprometedora. Outro que vem sofrendo nas mãos do jornalismo investigativo é Gilmar Mendes, supostamente o homem mais forte do judiciário, já que participa de todos os Supremos que se conhece, desde STF até TSE. Fotos de Gilmar em casamento, apadrinhamentos e amizade com Aécio. Marco Aurélio continua lavando as mãos e deixando claro que crise política deve ser resolvida por políticos, ele foi responsável por devolver o mandato de Aécio e continua votando contra a cassação de mandato do presidente do PSDB.
A situação de Aécio e Temer tem muito em comum, quanto mais eles insistem em se manter no poder, maior é o desgaste de seus respectivos partidos. Caso eles não renunciem imediatamente, o escândalo tende a se espalhar para outros políticos que já foram citados outras vezes, como é o caso de Jucá.
A suspensão do mandato de Aécio pelo Supremo, causou surpresa, mas desta vez vei com uma agravante, recolhimento noturno, ou seja, Aécio já não está sendo tratado apenas como um réu político, mas como um criminoso, tanto que o Senado reagiu imediatamente, dizendo que o STF não teria autoridade para prender Aécio.
O STF não só encontrou uma cláusula indicando a legalidade do recolhimento noturno através do judiciário, como insistiu na ideia de que o recolhimento não é uma prisão, além de ser provisório, tendo a mesma função da suspensão de mandato, não consiste numa decisão final de processo. O Senado continua insistindo que não está havendo isonomia de poderes.
B – Isonomia dos poderes
A insistência ridícula na isonomia dos poderes chega a ser fundamentalista, muitos senadores sequer sabia que havia a cláusula do recolhimento noturno, medida que é cautelar e provisória, enquanto durar a suspensão do mandato.
A hipocrisia dos Senadores, principalmente de quem já foi citado na lava a jato, foi irônica. Ao mesmo tempo que eles insistem que Aécio é criminoso, dizem que o STF não poderia suspender um senador, apenas o Senado poderia. Seus eleitores devem estar orgulhosos de suas teses que ignoram que a lei existe.
A isonomia dos poderes para o senado significa que: só o Senado pode cassar e prender um senador; só o STF pode cassar e prender um juiz da Suprema Corte e, pasmem, só o Presidente do Brasil poderia cassar e prender a si mesmo.
Eles se esquecem que o processo do STF ainda tem de voltar para o senado e que nada é definitivo, apenas cautelar, relativo ao próprio processo contra o senador. Alguém precisa avisar a máfia que eles estão perdidos.
C – Crise no judiciário
Por que Marco Aurélio tem tanto medo de uma medida que certamente será breve, durando apenas enquanto o processo tramita no Supremo Tribunal Federal?
Os Senadores mais moderados já deixaram claro sua intensão de aguardar até que o processo chegue ao Senado, para que assumam o seu papel, mas os senadores hipócritas passaram a atacar o STF. O que poderia parecer defesa do estado de direito, acaba sendo visto como medo de ser submetido ao mesmo tratamento no futuro, por parte da Suprema corte.
Cristóvão Buarque, o mais novo filósofo do senado, demonstrou toda sua habilidade de pensador político, dizendo que o STF está errado, mas que isso poderia ser evitado se o Senado tivesse feito a sua parte e cassado o Senador Aécio Neves, só se esqueceu de dizer que não leu o parágrafo no qual o STF se baseia. Resumindo: os líderes de partido já consideram Aécio cassado, quando na verdade o processo nem voltou para o senado para ser votado.
Chegaram a pedir votação de requerimento ao STF em caráter de urgência, deixando claro que as próximas decisões do STF deverão ser encaminhadas ao congresso acompanhadas de cópias das respectivas leis.
D – Crises institucionais
A operação lava a jato deixa bem claro que a República de Curitiba foi longe demais com suas decisões judiciais seletivas. É como se todo o país estivesse ligado apenas a uma operação judicial, ditadura jurídica. Isso é muito curioso porque Curitiba sempre foi a capital da lavagem de dinheiro e aqueles que julgam hoje, são os mesmos que eram corrompidos no passado, ocultando processos contra a Globo e outros magnatas e políticos corruptos. Os irmãos Batista demonstraram que a prisão de Marcelo Odebrecht era um caso isolado de prisão de corrupto e delator.
Podemos ver a operação lava a jato como um desmanche do sistema político econômico do país na intensão de uma nova remodelação dos poderes, poderosos, mercado de capitais, políticos e repatriação de dinheiro dos paraísos fiscais, constituindo uma lavagem de dinheiro perfeita, totalmente legalizada. Isso sem falar nas privatizações e negociatas. A situação só não está pior porque os EUA não tem tanto dinheiro quanto a China, nem tanto interesse em investimentos no país também, aliás, os EUS nunca tiveram interesse em investimentos corporativos no país, apenas investimentos em conspiração política e monopólio midiático.
E – Fora de Brasília
No Paraná, o processo contra Beto Richa se arrasta, deixando o PSDB cada vez mais decadente, já que Richa teve o maior percentual de votos para governador na última eleição.
A situação política no Paraná é um bom exemplo de que o mando político no país só ficará claro nas próximas eleições para presidente, governadores, deputados e senadores, quando finalmente saberemos qual a percepção política dos eleitores brasileiros e qual é o nível de manipulação midiática ao qual eles estão submetidos, além de sua própria inteligência, naturalmente.
By Jânio
Interesse da Globo no Governo do Brasil
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