PSDB prepara saída do governo
O ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, pediu demissão do cargo nesta sexta-feira (8). Ele entregou sua carta de exoneração em que afirma ter sido “uma honra” fazer parte do governo de Temer e disse ter “trabalhado com foco para manter a estabilidade política do país”. Imbassahy é deputado federal do PSDB e havia se licenciado do mandato para ocupar o cargo no governo. Ele não explicou o motivo da saída, apenas citou “novas circunstâncias no horizonte”.
“Agora, senhor presidente, novas circunstâncias se impõem no horizonte. Agradeço ao meu partido, o PSDB, que entendeu que, após tarbalhar pelo impeachment [da ex-presidente Dilma Rousseff], e por coerência com a sua história, não poderia se omitir nesse processo de recuperação do país”, disse, na carta. O nome do deputado Carlos Marun (PMDB-MS) já circula no Palácio do Planalto como provável substituto na Secretaria de Governo. A escolha, no entanto, ainda não é oficial. Marun tem sido um dos principais articuladores de Temer na Câmara dos Deputados.
Imbassahy também cita na carta a reforma da Previdência, afirmando que o governo precisa do apoio do Congresso para avançar no tema. Com sua saída do governo, ele retoma sua vaga na Câmara dos Deputados.
O presidente Michel Temer aceitou o pedido do agora ex-ministro. Em carta de resposta ao pedido de exoneração, Temer afirma que é grato pelo que Imbassahy fez pelo governo e pelo país. O presidente também ressalta que o ministro foi fundamental para ajudar o governo a atravessar “momentos delicados”. Temer destaca a amizade que tem com ele e afirma que O tucano continuará a defender os interesses do país no Congresso.
“Sou-lhe grato. Pelo que fez pelo nosso governo e pelo país. Os momentos difíceis a que você alude na carta foram enfrentados todos por mim, mas com seu apoio permanente. […] O meu prazer por tê-lo tido como companheiro de jornada foi duplo: primeiro, pelas razões a que já aludi, mas em segundo lugar, e não menos importante, pela amizade fraternal que surgiu ao longo desse fértil período de convivência. […] Sei que, no Parlamento, continuará a defender os interesses do Brasil”, respondeu o presidente.
PSDB
O PSDB já tem sinalizado que pode deixar a base do governo Temer, mas ainda não houve formalização. Diante de declarações de tucanos, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, chegou a confirmar a saída dos tucanos da base na semana passada. “O PSDB não está mais na base de sustentação do governo”, disse, em entrevista a jornalistas no final de novembro. “O PSDB tem interesses políticos que está procurando preservar. O presidente Michel Temer tem a responsabilidade de governar e preservar sua base de sustentação”, afirmou.
Imbassahy é o segundo tucano a deixar o governo. Antes, Bruno Araújo pediu demissão do cargo de ministro das Cidades em meio a rumores sobre uma possível reforma ministerial que envolveria a saída de integrantes do PSDB da equipe de governo. O ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes, negou que o partido tenha rompido com o governo.
“O que disse o ministro Padilha é que o PSDB não faz parte da base de governo. O PSDB apoia o programa do governo, o PSDB não rompeu com o governo. Participação no governo ou não é uma questão do presidente”, disse.
Neste sábado (9), o PSDB se reúne, em Brasília, para eleger o novo presidente e os membros da Executiva do partido. Durante a Convenção, há a expectativa para uma definição sobre a permanência ou não da legenda na base do governo.
*texto atualizado às 18h30 para correção de informações. Ao contrário do que informava o texto, Aloysio Nunes não é o único ministro do PSDB.
Crises institucionais
Para quem achava que a política estava muito monótona, os últimos vazamentos privilegiados provocaram um apocalipse político no país. Não é pouca coisa não, de um lado o nome mais importante do PMDB no momento, Michel Temer, e do outro, o nome mais importante do PSDB, Aécio Neves. Um é presidente do Brasil, o outro é presidente do maior partido da atualidade, PSDB, pelo menos segundo a última eleição.
Acontece que as últimas eleições para prefeitos e vereadores deixaram claro a decadência do partido do PT e aliados. Só que não, já que o PT nunca foi muito forte nessa esfera política: municipal. Os antigos aliados do PT abandonaram a esquerda, alguns mudaram de nome e outros pretendem mudar, na esperança de não perderem os políticos que ainda estão juntos.
Como eu disse no outro blog, Temer não se expôs tanto, sabe que quando abre a boca só sai besteira. Já no caso do Aécio, nunca se ouviu tanta m**** na história desse país.
Para evitarmos os palavrões, poderíamos falar na língua dos “milhões”: a irmã pediu um milhão para comprar um apartamento para a irmã, o irmão pediu dois milhões para custos judiciais, etc.
Mas não foi só isso, não é mesmo? A linguagem usada e a maneira de fazer política, assustou, e isso causou revolta em todo mundo, nem a Globo conseguiu se conter, afinal, havia um script, e a ordem reversa do golpe seria muito importante.
É importante destacar que os irmãos Batista sabem muito bem como funciona a máfia midiática no país, mas é preciso destacar também o interesse da mídia estrangeira no país mais importante para o fim da fome no mundo. Os irmãos Batista aproveitaram isso para mostrar ao mundo o que está acontecendo aqui, protegendo provas no exterior, inclusive com dupla cidadania, bem ao estilo global de fazer negócios. Lembramos que o escândalo envolvendo a máfia da Globo e a FIFA, CBF, COI. desapareceu, depois de ser encaminhado para os EUA, já que a Globo é uma ferramenta política dos USA e UK.
Eu fico me perguntando o que poderia ter dado errado nessa estratégia golpista:
A – Acordo da PGR, Janot, com os irmãos Batista, JBS,
Não faltaram críticas a este acordo obscuro que protegia os irmãos Batista em troca de uma delação premiada cujo objetivo sempre foi político, até o impeachment da Dilma fora com objetivos políticos, onde o vice foi protegido para fazer toda a sujeira, assim como no impeachment de Collor.
A última delação dos irmãos Batista demonstrou claramente o que todo mundo já sabia: Ainda há muito material guardado para ser vazado como prova de crimes de autoridades que ainda estão intocáveis. Isso explica porque Marcelo Odebrecht está preso e agora os irmãos Batista também.
Trata-se de controlar os possíveis delatores, fazendo com que as delações premiadas voltem a ser seletivas, ou seja, atingindo alvos específicos. Talvez os irmãos Batista já soubessem de seu futuro e decidiram aproveitar os últimos dias de Janot para explodir a última bomba política a que eles teriam direito.
Apesar da Globo ter sido pega de surpresa, a informação foi direto para a internet, antes de chegar a TV, o que provocou um alvoroço da mídia em torno do oglobo ponto com, a Globo continuou com o privilégio do furo, apesar de mais nada ter sido acrescentado.
Janot fez questão de deixar a bomba para o final, o que fez com que o Governo fizesse uma caça implacável por flagrantes de Janot, e acabou conseguindo uma foto comprometedora. Outro que vem sofrendo nas mãos do jornalismo investigativo é Gilmar Mendes, supostamente o homem mais forte do judiciário, já que participa de todos os Supremos que se conhece, desde STF até TSE. Fotos de Gilmar em casamento, apadrinhamentos e amizade com Aécio. Marco Aurélio continua lavando as mãos e deixando claro que crise política deve ser resolvida por políticos, ele foi responsável por devolver o mandato de Aécio e continua votando contra a cassação de mandato do presidente do PSDB.
A situação de Aécio e Temer tem muito em comum, quanto mais eles insistem em se manter no poder, maior é o desgaste de seus respectivos partidos. Caso eles não renunciem imediatamente, o escândalo tende a se espalhar para outros políticos que já foram citados outras vezes, como é o caso de Jucá.
A suspensão do mandato de Aécio pelo Supremo, causou surpresa, mas desta vez vei com uma agravante, recolhimento noturno, ou seja, Aécio já não está sendo tratado apenas como um réu político, mas como um criminoso, tanto que o Senado reagiu imediatamente, dizendo que o STF não teria autoridade para prender Aécio.
O STF não só encontrou uma cláusula indicando a legalidade do recolhimento noturno através do judiciário, como insistiu na ideia de que o recolhimento não é uma prisão, além de ser provisório, tendo a mesma função da suspensão de mandato, não consiste numa decisão final de processo. O Senado continua insistindo que não está havendo isonomia de poderes.
B – Isonomia dos poderes
A insistência ridícula na isonomia dos poderes chega a ser fundamentalista, muitos senadores sequer sabia que havia a cláusula do recolhimento noturno, medida que é cautelar e provisória, enquanto durar a suspensão do mandato.
A hipocrisia dos Senadores, principalmente de quem já foi citado na lava a jato, foi irônica. Ao mesmo tempo que eles insistem que Aécio é criminoso, dizem que o STF não poderia suspender um senador, apenas o Senado poderia. Seus eleitores devem estar orgulhosos de suas teses que ignoram que a lei existe.
A isonomia dos poderes para o senado significa que: só o Senado pode cassar e prender um senador; só o STF pode cassar e prender um juiz da Suprema Corte e, pasmem, só o Presidente do Brasil poderia cassar e prender a si mesmo.
Eles se esquecem que o processo do STF ainda tem de voltar para o senado e que nada é definitivo, apenas cautelar, relativo ao próprio processo contra o senador. Alguém precisa avisar a máfia que eles estão perdidos.
C – Crise no judiciário
Por que Marco Aurélio tem tanto medo de uma medida que certamente será breve, durando apenas enquanto o processo tramita no Supremo Tribunal Federal?
Os Senadores mais moderados já deixaram claro sua intensão de aguardar até que o processo chegue ao Senado, para que assumam o seu papel, mas os senadores hipócritas passaram a atacar o STF. O que poderia parecer defesa do estado de direito, acaba sendo visto como medo de ser submetido ao mesmo tratamento no futuro, por parte da Suprema corte.
Cristóvão Buarque, o mais novo filósofo do senado, demonstrou toda sua habilidade de pensador político, dizendo que o STF está errado, mas que isso poderia ser evitado se o Senado tivesse feito a sua parte e cassado o Senador Aécio Neves, só se esqueceu de dizer que não leu o parágrafo no qual o STF se baseia. Resumindo: os líderes de partido já consideram Aécio cassado, quando na verdade o processo nem voltou para o senado para ser votado.
Chegaram a pedir votação de requerimento ao STF em caráter de urgência, deixando claro que as próximas decisões do STF deverão ser encaminhadas ao congresso acompanhadas de cópias das respectivas leis.
D – Crises institucionais
A operação lava a jato deixa bem claro que a República de Curitiba foi longe demais com suas decisões judiciais seletivas. É como se todo o país estivesse ligado apenas a uma operação judicial, ditadura jurídica. Isso é muito curioso porque Curitiba sempre foi a capital da lavagem de dinheiro e aqueles que julgam hoje, são os mesmos que eram corrompidos no passado, ocultando processos contra a Globo e outros magnatas e políticos corruptos. Os irmãos Batista demonstraram que a prisão de Marcelo Odebrecht era um caso isolado de prisão de corrupto e delator.
Podemos ver a operação lava a jato como um desmanche do sistema político econômico do país na intensão de uma nova remodelação dos poderes, poderosos, mercado de capitais, políticos e repatriação de dinheiro dos paraísos fiscais, constituindo uma lavagem de dinheiro perfeita, totalmente legalizada. Isso sem falar nas privatizações e negociatas. A situação só não está pior porque os EUA não tem tanto dinheiro quanto a China, nem tanto interesse em investimentos no país também, aliás, os EUS nunca tiveram interesse em investimentos corporativos no país, apenas investimentos em conspiração política e monopólio midiático.
E – Fora de Brasília
No Paraná, o processo contra Beto Richa se arrasta, deixando o PSDB cada vez mais decadente, já que Richa teve o maior percentual de votos para governador na última eleição.
A situação política no Paraná é um bom exemplo de que o mando político no país só ficará claro nas próximas eleições para presidente, governadores, deputados e senadores, quando finalmente saberemos qual a percepção política dos eleitores brasileiros e qual é o nível de manipulação midiática ao qual eles estão submetidos, além de sua própria inteligência, naturalmente.
By Jânio
Interesse da Globo no Governo do Brasil
PMDB determina que deputados votem contra denúncia sobre Temer
O PMDB fechou questão e determinou que todos os deputados da legenda votem contra o prosseguimento da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer. A decisão foi tomada por unanimidade em reunião da Executiva Nacional do partido que ocorreu nesta manhã na Câmara dos Deputados.
Desde o início da manhã, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ) debate a denúncia. Cabe à comissão votar sobre admissibilidade ou não do processo. A reunião da Executiva Nacional do PMDB foi convocada ontem (11), como uma das estratégias do governo para impedir que os filiados ao partido acompanhem o voto do deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), que recomendou, em parecer, prosseguimento da denúncia contra Temer. O parecer deve ser votado após a fase de debates que teve início hoje na CCJ.
Saiba Mais
Suspensão
O presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR), disse que a liderança do partido na Câmara “tem as prerrogativas de suspender as funções partidárias por 90 dias dos parlamentares” que não votarem conforme decisão do partido. Esses deputados também estarão sujeitos a responder processo no Conselho de Ética do partido.
Estiveram presentes na reunião da Executiva os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e Leonardo Picciani (Esporte). Também participaram o líder da maioria na Câmara, Lelo Coimbra (ES), o líder do partido na Câmara, Baleia Rossi (SP), os deputados Lúcio Vieira Lima (BA), Mauro Lopes (MG), Darcísio Perondi (RS), Carlos Bezerra (MT), a deputada Dulce Miranda (TO) e os senadores Waldemir Moka (MS) e Valdir Raupp (RO).
O deputado Darcísio Perondi disse que é preciso derrubar a denúncia “que faz mal ao país e à política brasileira”. “Os deputados que não acompanharem a decisão do partido terão penalidades, que começará com suspensão de suas atividades partidárias, por exemplo, se é membro de comissão ou presidente do partido no estado, que perderá essas posições. O partido está unido e mostrará isso na CCJ amanhã e no plenário na sexta”, disse Perondi.
* Colaborou Renato Aguiar, da TV Brasil
Raimundo Lira é eleito novo líder do PMDB no Senado

O senador Raimundo Lira (PMDB-PB) foi escolhido o novo líder do PMDB no Senado. A bancada escolheu o senador paraibano por aclamação em reunião realizada na noite de hoje (4). Com isso, Lira vai conduzir a maior bancada do Senado – que tem 22 parlamentares – nas próximas votações.
“O nosso objetivo é harmonizar a bancada e representar o pensamento da maioria”, disse o novo líder logo após o resultado. Ele afirmou ainda que terá responsabilidade maior por ter sido escolhido por unanimidade.
Lira vai substituir Renan Calheiros (AL), que deixou a liderança do partido na última semana, após divergências com os colegas de bancada em relação às reformas propostas pelo governo – das quais o senador alagoano é forte crítico.
“Eu acho que é um nome que sistematiza a variedade de correntes do PMDB. Ele pode muito bem desempenhar esse papel, que é relevante para o Brasil”, avaliou Renan.
Quem também se mostrou satisfeito com a escolha foi o presidente nacional do partido e líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR). Para ele, a escolha de Lira demonstrou “a maturidade da bancada”.
“O senador Raimundo Lira foi aclamado líder, eleito por unanimidade, e, portanto, com todas as condições de conduzir bem a bancada nessa transição, nesse desafio que o país está enfrentando”, afirmou.
Renan Calheiros deixa liderança do PMDB e critica governo
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) comunicou hoje (28) ao plenário do Senado o seu afastamento da liderança do PMDB. Em um discurso contra o governo, Renan afirmou que está deixando a liderança por não concordar com as reformas trabalhista e previdenciária e poder se posicionar com mais independência contra elas.
“Sempre compreendi que mais ajuda aos governantes quem faz críticas. Críticas responsáveis como fiz em algumas oportunidades. Convencido de que o problema para o governo é o líder do PMDB, sou eu, me afasto da liderança para expressar meu pensamento e exercer minha função com total independência”, disse.
“O Brasil precisa atualizar a legislação trabalhista e previdenciária, é verdade. Mas deve se afastar de reformas sem critérios que atendam apenas ao sistema financeiro e parte do empresariado, ampliando desigualdades e sofrimentos”, afirmou.
No discurso, Renan Calheiros lembrou o episódio em que o ex-senador Sérgio Machado gravou conversa com o atual líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), em que os dois citaram Renan Calheiros e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
O senador voltou a dizer que Eduardo Cunha mantém influência sobre o governo.
Os senadores do PMDB fazem reunião hoje à noite para definir o nome do novo líder.
Senadores do PMDB pedem que Temer não sancione projeto da terceirização
Parte da bancada do PMDB no Senado divulgou hoje (28) uma carta na qual se posiciona contra a sanção do projeto de lei que trata da terceirização – aprovado pela Câmara dos Deputados na última semana.
Após longa reunião, que contou com a presença de 12 dos 22 senadores do partido, nove deles decidiram assinar o documento pedindo ao presidente Michel Temer o veto integral ao projeto. “A bancada defende a regulação e regulamentação das atividades terceirizadas que já existem e não a terceirização ampla e irrestrita, como prevê o projeto”, diz o texto.
Os senadores peemedebistas alegam que “o texto aprovado precariza as relações de trabalho, derruba a arrecadação, revoga conquistas da Consolidação das Leis do Trabalho e piora a perspectiva de aprovação da Reforma da Previdência”.
Assinam a carta os senadores Marta Suplicy (SP), Kátia Abreu (TO), Eduardo Braga (AM), Elmano Férrer (PI), Wademir Moka (MS), Rose de Freitas (ES), Hélio José (DF), Simone Tebet (MS) e o líder da bancada, Renan Calheiros (AL).
Projeto no Senado
Além da proposta aprovada na semana passada na Câmara, também tramita no Senado um projeto de lei complementar (PLC 30/2015) que trata da terceirização. O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou hoje o relatório dele aos projetos de lei que tratam de terceirização e serão apensados na Casa. Por acordo com o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e as centrais sindicais, Paim apresentou uma prévia do texto que será encaminhado às comissões de Constituição e Justiça e de Assuntos Sociais para apreciação.
O texto de Paim prevê pontos que não estão no projeto aprovado pela Câmara, como a responsabilidade solidária da empresa contratante caso a contratada não honre com dívidas trabalhistas. E ainda a garantia de que trabalhadores terceirizados terão direitos iguais aos funcionários da empresa contratante.
Depois de passar pelas comissões, o texto do senador petista será apreciado pelo plenário do Senado e seguirá para a Câmara dos Deputados. Se for alterada, a matéria retornará para o Senado. Se for aprovado como está, ela seguirá para sanção de Temer e vai se sobrepor ao texto aprovado pelos deputados na semana passada. “Vale sempre a última lei. Então, se esse meu relatório for aprovado na Câmara e no Senado, está resolvida a questão da terceirização”, afirmou o relator após a reunião com Eunício e os sindicalistas.
Os representantes das centrais sindicais cobraram de Eunício Oliveira que o tema da terceirização não seja apenas incluído nos debates da reforma trabalhista, mas votado logo nos projetos relatados por Paim.
“Isso para nós é fundamental porque o projeto que está aqui foi costurado com as diversas centrais, debatido com empresários e traz vários benefícios, várias salvaguardas para aqueles que estão terceirizados e evita uma terceirização na atividade-fim diferente do que foi aprovado no PL [da Câmara]”, disse João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical.
Eunício se comprometeu a dar andamento normal ao projeto e pautá-lo no plenário logo que ele seja apreciado nas comissões do Senado.
Senador Valdir Raupp vira réu em processo da Lava Jato no STF
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou hoje (7) denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador Valdir Raupp (PMDB-RO) pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em um dos inquéritos da Operação Lava Jato. Com a decisão, Raupp se torna réu no processo.
De acordo com a denúncia, o parlamentar é acusado de receber R$ 500 mil em doações eleitorais da empreiteira Queiroz Galvão, investigada na Lava Jato. Para os investigadores, o valor tem origem em desvios de contratos da Petrobras.
Segundo a investigação, o dinheiro teria sido solicitado a Paulo Roberto Costa e operacionalizado pelo doleiro Alberto Yousseff. Segundo a PGR, o recebimento dos valores contou com a participação de Pedro Roberto Rocha e Maria Cléia Santos, dois assessores do senador, que também se tornaram réus.
Seguindo voto do relator, Edson Fachin, o colegiado entendeu que há indícios de autoria e de prova para abertura de ação penal contra o senador. Em seu voto, Fachin disse que Raupp pediu doação de campanha ao ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos delatores da Lava Jato, que teria atendido à demanda pelo fato de o PMDB fazer parte do grupo de partidos que lhe davam sustentação no cargo na Petrobras. O valor foi registrado oficialmente na Justiça Eleitoral.
O voto do relator foi seguido pelos ministros Ricardo Lewandowski e Celso de Mello. Dias Toffoli e Gilmar Mendes ficaram vencidos por aceitarem a denúncia somente pelo crime de corrupção.
Doações oficiais
Durante o julgamento, alguns ministros foram além dos argumentos apresentados no voto do relator e discutiram se políticos que recebem doações suspeitas podem ser punidos ao oficializaram os valores em suas prestações de contas.
A divergência sobre o assunto foi aberta no julgamento pelo ministro Dias Toffoli. Para o ministro, Raupp deve responder somente pelo crime de corrupção. Para o ministro, o suposto recebimento de propina, por meio de registro oficial na Justiça Eleitoral, não pode ser caracterizado como lavagem de dinheiro.
“Aqui, no caso concreto, não há a clandestinidade, porque houve depósito em conta do partido, contas que são sindicadas pela Justiça Eleitoral”, afirmou.
Na mesma linha, o ministro Gilmar Mendes disse que o recebimento de doações suspeitas de campanha não pode ser tida como crime de corrupção sem que exista uma promessa de contrapartida a favor do doador por parte do político.
“Uma doação feita às claras tem um verniz de legalidade, impondo à acusação um especial ônus probatório. Não é como um candidato que tivesse sido flagrado recebendo uma mala preta cheia de dólares na madrugada”, disse Mendes.
Em seguida, Celso de Mello entendeu que parlamentares podem ser punidos se a origem dos recursos contabilizados na Justiça Eleitoral for ilegal, oriunda de desvio de dinheiro público.
“Esse comportamento constitui um gesto de invisível atrevimento e de gravíssima ofensa à legislação da República, na medida em que os agentes da conduta criminosa, valendo-se do próprio aparelho de Estado, objetivam, por intermédio da Justiça Eleitoral, e mediante da defraudação do procedimento de prestação de contas conferir aparência de legitimidade a ações integradas por recursos financeiros manchados em sua origem pela nota da delituosidade”, disse o ministro.
A subprocuradora da República, Ela Wiecko, defendeu a aceitação da denúncia e afirmou que o fato de os valores recebidos pelo senador terem sido registrados oficialmente na Justiça Eleitoral não afasta a origem ilícita da doação. “Na verdade, é uma ótima saída, é uma forma muito boa da lavagem de ativos”, disse a subprocuradora.
O advogado Daniel Gerber, representante do senador, defendeu que o registro de doação oficial só pode ser criminalizado se forem apresentadas provas de que um político tem ciência da origem ilegal do dinheiro ou tenha prometido alguma coisa em troca do recebimento.
Segundo o defensor, o senador pediu uma contribuição de campanha para a empreiteira Queiroz Galvão, mas não ofereceu uma contrapartida, fato que seria caracterizado como crime de corrupção. De acordo com o advogado, a delação premiada do lobista Fernando Baiano prova que não houve nenhum ato do senador nesse sentido. De acordo com o processo, Baiano teria sido procurado pelo senador, mas como não tinha recursos para fazer a doação, repassou a demanda para Paulo Roberto Costa.
“Mesmo neste tom acusatório, em momento algum, o delator imputa ao senador qualquer contrapartida que poderia tornar a vantagem indevida. É obvio que uma contribuição de campanha é uma vantagem. Quando uma contribuição de campanha se torna uma vantagem indevida? Quando acompanhada de uma contraprestação através de ato de ofício do político. Esta contraprestação em nenhuma linha é afirmada por Baiano”
Desde o início das investigações, o senador sustenta que a doação feita ao diretório estadual do PMDB de Rondônia em 2010 foi legal e aprovada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RO) e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A história da política depois da cassação de Eduardo Cunha.
A saída de Eduardo Cunha da política parece um repeteco do impeachment de Collor, exceto pelo fato de o próprio Collor estar do outro lado. A duração do governo do PMDB será a mesma, e o pós governo também será o mesmo, já que o rompimento com o PT, nem os partidos de esquerda e nem os de direita viam o PMDB com bons olhos, antes da crise política já estava assim.
A diferença entre o PMDB e o PT, como já dissemos antes, é que os políticos do PMDB mandam na lei e não o contrário, a lei não manda no PMDB. Sarney demonstrou sua força quando alguns partidos da antiga oposição pediram sua cabeça, nem CPI ele teve, só o processo arquivado. Atualmente, a família Sarney está distribuída estrategicamente estre os partidos golpistas, mas José Sarney comanda tudo, mesmo aposentado.
Sarney sempre soube como tirar proveito de fichas sujas que estavam com o pescoço na forca, quem não se lembra do escândalo de Renan Calheiros e seu empresário Charles Bronson. Calheiros tinha empresas em nome de laranjas e a quantidade de dinheiro envolvida no escândalo chocou muita gente, pelo menos antes do escândalo do Banco Panamericano que fez Daniel Dantas parecer lobista amador e Marcos Valério trombadinha.
Sarney sabia da força política de Calheiros e que ele havia ajudado a criar até o PSDB, antes de voltar para a toca no PMDB, por isso, Renan Calheiros se livrou de todos os escândalos que começou com um filho com uma jornalista da rede de televisão de Sílvio Santos – jornalistas adoram políticos famosos: FHC calou sua ex-amante da Globo, recentemente, com ajuda de muita grana, o que não é problema para ele, já que possui várias empresas off-shore em paraísos fiscais, como revelou a ex-amante, antes de retira a denúncia; Renan teve um filho com a jornalista do SBT e Eduardo Cunha desfila com a ex jornalista da Globo.
Como no impeachment de Collor, o PMDB não terá para onde correr, depois das eleições. Pelo PSDB e pela Globo, todos os políticos do PMDB estariam no fogo, fritando, mas quando o poderoso Renan Calheiros faz o ministro de porta de delegacia, Gilmar Mendes, se calar, e ele não foi o único ministro a se calar, todos os políticos passam a pensar antes de brigar contra o PMDB.
O problema do PMDB agora é o tempo, o estrago do golpe começa a refletir nas pesquisas para as eleições e além das eleições para prefeito, as próximas eleições podem ser fatais para o partido. Antes de aposentar, Sarney tirou toda a família do partido, Sarney tem faro de rato para fugir do barco, desde os tempos do governo militar.
Caso o sonho do PSDB se concretizasse, com a quebra do PMDB, seria o maior partido do Brasil, mas, pelo que parece, as citações de Aécio Neves e Serra nas delações premiadas, podem acabar com a festa, principalmente se Aécio e Serra começarem a brigar pelas eleições de 2.018.
Os pequenos grandes partidos que já vinham aparecendo, poderão ajudar a criar um novo mapa da política no Brasil. A expectativa pela delação de Eduardo Cunha é grande, mas ninguém vai ser louco de colocar ele na cadeia, principalmente porque ele disse que tinha duzentos deputados para sustentar, e o Eduardo Cunha certamente não estava falando de deputados que apenas aparecem para bater o ponto, Eduardo Cunha pode ser um dos maiores bandidos do mundo, mas não é idiota.
Vamos aguardar, mas eu acho que o Cunha tem pouca chance de seguir os passos de PC Farias.
By Jânio
A maldição do Temer
Acompanhando o golpe do impeachment não dá para ter pena do Temer, mas que a situação está feia para o lado dele, isso está.
O MPL que foi sabotado pelo MBL, uma professora que passou a perna nos alunos, lembra muito o golpe de 64 mas desta vez os militares não caíram na armadilha orquestrada pela Rede Globo.
A Globo possui três opções nesse golpe: a primeira é deixar o PMDB terminar o mandato de Dilma; o segundo seria derrubar o Temer antes do término do mandato da Dilma, o que é pouco provável, mas possível, foi por isso que o Eduardo Cunha foi afastado, nesse caso, quem assumiria seria o Maia, presidente da Câmara dos Deputados; a terceira opção seria o governo militar, caso não se consiga chegar a um acordo que satisfaça a elite. O governo militar é a saída perfeita para a Rede Globo, a volta do monopólio da comunicação, censura, etc.
Nas ruas o que se pede é a saída do Temer, muitas pessoas pedem a anulação do impeachment e a volta da Dilma, outras pessoas pedem novas eleições.
Temer não tem apoio popular, mas tem apoio político, pelo menos por enquanto. A base aliada espera que Temer tome medidas impopulares e seja o testa de ferro para os seus planos futuros em troca de proteção para toda a máfia do Lava a Jato.
Se tudo saísse como o planejado pelos golpistas, seria a história do impeachment de Collor se repetindo: o vice do PMDB assume, serve de incubador para o governo do PSDB que passaria a perna no Governo e seria o novo candidato a presidente em 2.018.
Infelizmente para o PSDB, Aécio está mais encrencado que Temer, então sobra o desastrado e azarado Serra, mas Rodrigo Maia já passa a ser um risco para os planos do PSDB, por isso, o PSDB precisa manter as alianças de base com o PMDB e DEM, mantendo Temer até 2.018.
O grito dos excluídos que vem das ruas terá um papel importante nessa história, já que as manifestações não ficarão impassíveis diante da perda de direitos importantes como é o caso do Décimo Terceiro Salário. Mesmo controlando as mídias de massa para amenizar os escândalos que essas mudanças provocariam, além das alianças forçadas pelos escândalos da Lava a Jato, a impopularidade de Temer pode impedir os planos do PSDB em promover mudanças e corte gastos.
Eu sempre disse que a melhor forma de cortar gastos seria prendendo os mafiosos que enviam dinheiro para os paraísos fiscais, mas parece que esses mafiosos são grande demais para as redes da polícia federal, prova disso é que o Cunha disse que o dinheiro foi depositado em Trust, doado para uma ONG e ninguém poderá fazer nada contra ele, restando apenas o consolo da cassação de seu mandato, o problema é que se STF morre de medo do Renan Calheiros e descobriu-se que Cunha é ainda mais forte que Calheiros, Temer e Sarney, juntos.
A parceira PMDB X PSDB nunca deu certo para o PMDB, mas desta vez não vai dar certo nem para o PSDB,
By Jânio
Romero Jucá – Primeira prova oficial do golpe
O líder do PSDB na Câmara, deputado Antônio Imbassahy, informou há pouco que as denúncias publicadas hoje (23) contra o ministro do Planejamento, Romero Jucá, não abalam o governo do presidente interino Michel Temer. “Não abalam de forma nenhuma. Apenas é um fato desagradável, mas que será escalerecido no momento adequado”.
O jornal Folha de S.Paulo publicou reportagem hoje (23) que diz que em conversas, gravadas em março, o atual ministro do Planejamento, Romero Jucá, sugeriu ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado um pacto para impedir o avanço da Operação Lava Jato sobre o PMDB, partido do ministro.
Antônio Imbassahy disse ainda que, para o PSDB, é importante que o ministro preste os esclarecimentos sobre as denúncias.
“O ministro tem de prestar os esclarecimentos. Ele está passando as informações de que dispõe não apenas para o presidente da República, mas também para a sociedade por meio de várias entrevistas. Vamos aguardar para ver. O fato é muito recente e a notícia vasta demais. Então, é preciso um pouco de parcimônia para entender direito o que está se passando”, concluiu o líder tucano.
Entrevista
Mais cedo, o ministro do Planejamento, Romero Jucá, negou que tenha tentado obstruir as investigações da Operação Lava Jato, disse que não vai pedir afastamento do cargo e não teme ser investigado.
“Nunca cometi e nem cometerei qualquer ato para dificultar qualquer operação, seja Lava Jato, ou qualquer outra”, disse Jucá, em entrevista coletiva à imprensa. “Da minha parte, sempre defendi e explicitei e apoiei com atos a Operação Lava Jato. A política terá uma outra história depois da Operação Lava Jato”.
Jucá disse que conversou hoje com o presidente interino Michel Temer e apresentou seu posicionamento sobre a reportagem. O ministro disse que não pretende renunciar ao cargo e reforçou que o “cargo pertence ao presidente”. Jucá disse ainda, que o fato de ser investigado, não enfraquece o governo de Michel Temer e ressaltou que seu papel é ajudar o governo.
“Da minha parte, não vejo motivo para tomar nenhuma posição”, disse. O ministro do Planejamento reafirmou que não teme ser investigado e que seu foco não é a operação. “Não perco um minuto do dia com a Operação Lava Jato”, acrescentou.
Saiba Mais
Reportagem
A Folha de S.Paulo divulgou nesta segunda-feira (23) trechos de gravações obtidas pelo jornal que mostram conversas entre o ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Nas gravações, segundo o jornal, o ministro sugere que seria preciso mudar o governo para “estancar” uma “sangria”. Segundo as informações do jornal, o ministro estaria se referindo à Operação Lava Jato, que investiga fraudes e irregularidades em contratos da Petrobras.
Segundo a reportagem publicada pela Folha, os diálogos ocorreram em março deste ano. As datas não foram divulgadas e o jornal diz que as conversas ocorreram semanas antes da votação do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. De acordo com o textp, Machado teria procurado líderes do PMDB por temer que as apurações sobre ele, que estão no Supremo Tribunal Federal (STF), fossem enviadas para o juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba, responsável pela Operação Lava Jato na primeira instância.
Nos trechos publicados, Machado diz que está preocupado com as possíveis delações premiadas que podem ser feitas. “Queiroz [Galvão] não sei se vai fazer ou não. A Camargo [Corrêa] vai fazer ou não. Eu estou muito preocupado porque eu acho que… O Janot [procurador-geral da República] está a fim de pegar vocês. E acha que eu sou o caminho”.
Jucá responde que Machado precisava ver com seu advogado “como é que a gente pode ajudar” e cita que é preciso haver uma resposta política e mudança no governo. “Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria”, disse o ministro, segundo o jornal.
No diálogo publicado, Machado diz que a “solução mais fácil” era ter o então vice-presidente Michel Temer na presidência e que seria preciso fazer um acordo. “É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional” e Jucá responde: “Com o Supremo, com tudo”. Logo em seguida Machado diz: “Com tudo, aí parava tudo” e o ministro concorda: “É. Delimitava onde está, pronto”.
Ainda segundo o jornal, Machado imagina que o envio do caso para Moro poderia ser uma estratégia para que ele faça uma delação premiada. A matéria diz ainda que ele teria feito uma ameaça velada e pedido uma estrutura para dar proteção. “Como montar uma estrutura para evitar que eu ‘desça’? Se eu ‘descer…”. Em outro trecho, o ex-presidente da Transpetro diz estar preocupado com ele mesmo e com “vocês” e que uma saída tem que ser encontrada.
De acordo com a Folha, Machado disse ainda que novas delações na Operação Lava Jato não deixariam “pedra sobre pedra”. O jornal diz que Jucá concorda com Machado de que o caso dele não pode ficar com Moro.
Jucá orienta ainda que Machado se reúna com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e também com José Sarney.
Nas gravações divulgadas pelo jornal, o ministro afirmou que teria mantido conversas com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Não foram citados nomes e, segundo o jornal, Jucá disse que são poucos os ministros da Corte aos quais ele não tem acesso. Machado diz que seria necessário ter alguém com ligação com o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF. Jucá diz que não tem uma pessoa e que Zavascki é “um cara fechado”.
O Supremo Tribunal Federal ainda não divulgou declarações a respeito das declarações divulgadas na reportagem. Segundo a Folha de S. Paulo, as gravações feitas somam mais de uma hora e estão com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Procurada pela Agência Brasil, a PGR disse que não irá se manifestar sobre a reportagem.
Globo e PMDB tudo a ver
O impeachment é um processo político, segue normas jurídicas, mas continua sendo um processo político. Começou como uma vingança de Eduardo cunha que não gostou de ser processado e decidiu devolver na mesma moeda. A questão é polêmica e foi decidida por vingança, Cunha chegou a dizer que se o PT não parasse os ataques, ele aprovaria outros pedidos de impeachment que estão sendo analisados.
A situação polêmica nos leva de volta aos tempos de Collor e, pior, aos tempos dos “Golpe de 64”, Nos tempos de 64 eu nem vou detalhar, eu não vivi naquele tempo, mas a Globo começou nesse tempo e irritou muita gente. Criou-se o mito do perigo comunista e pagamos um preço muito alto.
Durante décadas perguntou-se: “Onde está o dinheiro do país mais rico do mundo?”, enquanto isso, a Rede Globo começava a destruir os seus inimigos, concorrentes, TVs, e a administrar suas próprias verdades para atender seus interesses. A Globo derrubou seus concorrentes e iniciou seu império que, durante décadas, foi influenciado por suas conspirações. A Globo tem jogado partidos contra partidos, partidos contra instituições, na intenção de conseguir diminuir a influência da base do governo e, até agora, tem funcionado.
A Globo deixa de ser uma ameaça para o Brasil e passa a ser uma ameaça mundial, isso porque os paraísos fiscais chegaram ao limite, chegando até a ameaçar os EUA, Inglaterra e outros países ricos, isso fez com que a Globo retirasse seu dinheiro dos paraísos fiscais e mostrasse sua cara, assustando as maiores redes de TVs do mundo.
Collor foi cassado porque o povo foi às ruas; o povo foi às ruas porque a Globo utilizou o monopólio de informação para levar as pessoas às ruas. Sem internet e sem como ver o país sob visão da mídia internacional, os políticos votaram influenciados pelo povo nas ruas. Por isso o interesse no voto aberto e sendo transmitido pela TV. Isso demonstra como a aristocracia passa por cima da lei, promovendo vazamentos, conspirando, fingindo que a injustiça está de um lado só. A mídia internacional mostra uma visão muito diferende, mostra verdades que estão sendo omitidas pela Globo, já que não interessa a ela, por isso, eu acho importante assistir o documentário “Muito além de um cidadão Kane”.
Lembrando que vários pedidos de impeachment foram recusados por Eduardo Cunha mas, ironicamente, o primeiro aceito foi o pedido da extremista que defendeu o afogamento de nordestinos, Janaína. Eduardo Cunha já avisou que poderia aprovar outros pedidos de impeachment e terá a ajuda dos corruptos delatores.
A mídia internacional já deixou bem claro a semelhança da crise brasileira com a crise forjada nos Estados Unidos pela extrema direita, a diferença é que os criminosos da direita não estão sendo presos no Brasil, nunca foram: privataria, máfia do metrô, máfia do asfalto, Carlinhos Cachoeira, mensalinho de Brasilia e recentemente a máfia da merenda, ninguém foi preso e nem será, deixando uma dúvida sobre a força do bipartidarismo. Lembrando que só existe um sistema pior que o bipartidarismo, justamente sistema aristocrático controlado pela extrema direita, onde ninguém nunca será preso.
Lembrando também que é tudo uma questão de maioria política, foi por isso que José Sarney arquivou o próprio pedido de CPI, Renan escapou do maior escândalo da história, depois de PC Farias e mensalão, lembrando como a direita e a esquerda resolvem seus problemas. PC foi assassinado e ninguém foi preso, já no caso do mensalão foi diferente. Agora temos dois escândalos prestes a serem ignorados pela justiça, Cunha e Temer, tudo porque o PMDB é maioria. O impeachment exige dois terços da câmara e depois do senado para a aprovação, isso não é fácil. Se depender da cúpula dos líderes, isso não seria possível. A votação para aprovar o parecer do impeachment foi boa para a oposição, mas não o suficiente. Todos os estados estão fazendo pedaladas fiscais, FHC fez isso. Mudou-se a lei, mas ninguém conseguiu cumprir.
O perigo será os deputados votarem baseados em magnatas que são seus financiadores e estão ganhando pouco com taxa de juros, ou baseados nos povos das ruas que são manipulados pela Globo.
Documentário proibido no Brasil:
Muito além de um cidadão Kane 01
Muito além de um cidadão Kane 02
Muito além de um cidadão Kane 03
A política do PMDB
Durante o governo militar, Sarney era visto como um político genial que sabia a hora de mudar de lado. Por causa desse faro, Sarney foi escolhido para ser o “Coronel” do Maranhão, ou seja, controlador da Rede Globo daquele estado – a Globo, por sinal, esteve o tempo todo ao lado dos militares, conspirando para que não deixassem o poder, a Globo quase conseguiu. Atualmente a Globo sonha em voltar aos velhos tempos de ditadura, inclusive, já ganhou alguns adeptos.
O governo militar que deveria ser um governo de transição, ficou algumas décadas, com direito a serviço de inteligência e tudo. É claro que o termo inteligência não deixa de ser meio obscuro.
Depois que os militares decidiram abandonar a política definitivamente, a Globo contratou os humoristas mais temidos pelos militares, na tentativa de boicotar a abertura política, até Renato Aragão foi recrutado para fazer o famoso “Alô, João”, crítica direcionada a João Figueiredo, feita por humoristas como Chico Anísio e Jô Soares.
O articulador das eleições, o quase santo, Tancredo Neves, não era tão útil para Roberto Marinho, morreu sem assumir a presidência. No Lugar de Tancredo entrou o “político perfeito”, José Sarney.
Depois do Vice de Tancredo, o verdadeiro teste da democracia elegeu Fernando Collor de Mello em eleições populares, já que Tancredo havia sido eleito em eleições indiretas. Collor parecia um político importante para a Globo, afinal era dono da Rede Globo de Alagoas. Entretanto, ao assumir, Collor adotou a linha dura, típica da família Collor. Collor foi tão durão que até Pedro Collor, seu irmão acabou entregando todo o esquema PC Farias. Segundo as más línguas, a mulher de Pedro Collor teria sido o motivo para sua fúria contra o irmão. Pedro não tinha nada a perder e estava condenado a morte, segundo seu médico.
Depois do escândalo, seu vice, Itamar Franco assumiu o poder. Falou-se em maldição do vice e disseram que a morte de PC havia sido crime passional, apenas os estúpidos acreditaram, principalmente porque PC viajou pelo mundo todo fugindo da morte decretada pela extrema direita, sua mulher procurou todas as redes mas não adiantou. PC Farias morreu cercado de dezenas de guardas costas armados até os dentes, sua mulher morreria pouco tempo depois.
Segundo o laudo contestado por outro perito, PC teria sido assassinado pela amante que teria cometido suicídio logo depois. Pedro Collor morreu, a mulher de PC morreu, enfim, ficou tudo nas mãos do PMDB e da Globo.
O ministro de Itamar chutou o balde e saiu candidato a presidente e venceu a eleição pelo PSDB. FHC era o ministro de Itamar e, na época, aproveitou o sucesso do Plano Real para se eleger, mesmo não sendo o criador do Plano, o que irritou profundamente Itamar.
Em todas as eleições sempre havia um coadjuvante famoso chamado Lula. Lula que era considerado agressivo em seus discursos, era ingênuo demais para fugir das inúmeras armadilhas que lhe forram armadas. Collor usou um filho fora do casamento para desmontar sua campanha. Mesmo depois de ganhar sua primeira eleição, Lula só ganhou porque havia um mercado gigantesco surgindo no oriente, e foi justamente a China que garantiu o seu governo e os futuros financiamentos para uma economia quebrada. Lula nunca precisou dos financiamentos, graças ao seu ministro Palocci, outro político que, apesar de experiente, era ingênuo.
Durante o escândalo com o caseiro, que na realidade era uma arapuca para pegá-lo, Palocci decidiu descobrir porque o caseiro estava tão determinado a provocar o escândalo. A polícia descobriu muito dinheiro na conta do caseiro, mas havia uma história muito bonita sobre um pai que o havia abandonado e que depois, arrependido, decidira fazer uma doação generosa justamente no momento do escândalo – notem como a direita tem muita sorte.
Olhem a lista:
Tancredo morreu sem tomar posse para entrar Sarney
Fernando Collor de Mello foi deposto porque “alguém” teria dito para seu irmão que “alguém 2” estaria “brincando” com sua mulher.
PMDB continuou no poder com Itamar, pelo menos até FHC chutar o balde e passar-lhe a perna.
FHC não era do PMDB mas era útil para a máfia, privatizou quase todas as empresas, defendeu a globalização da economia e quebrou o governo.
Lula assumiu depois de dois mandatos de FHC, o salário mínimo era de 60 dólares, a taxa de juros passava de 26% e o dólar chegava a 3.80.
Palocci conseguiu uma reserva de 250 bilhões de dólares no primeiro mandato de Lula e convenceu o presidente de que não deveria gastar no primeiro ano. Conseguiu criar um planejamento de baixar os impostos e tornar a economia mais competitiva. A queda dos impostos deveria ser gradativa.
O sucesso do governo foi tão grande que os especuladores abandonaram o dólar, forçando o governo a intervir para não atrapalhar as exportações que dependiam de dólar alto. As reservas aumentaram ainda mais.
O sucesso de Palocci o colocou na mira das conspirações da direita. Sua saída foi uma perda muito grande para o governo.
Apesar disso, Lula manteve-se forte e elevou as reservas até 350 bilhões de dólares, apesar de não agradar Dilma, pessoa mais forte depois da queda de José Dirceu.
O mensalão levou muitos líderes petistas para a cadeia. A privataria não foi nem investigada. O escândalo de Carlinhos Cachoeira foi esquecido, assim como a máfia do asfalto, máfia do metrô, mensalinho de Brasília etc.
O líder do PSDB do Ceará disse que comprou o jatinho com o dinheiro dele; Aécio Neves construiu o aeroporto com o dinheiro dele; o juíz moro inocentou os mafiosos que enviaram mais de 600 bilhões para o exterior, através do Banestado; defendeu a máfia de Beto Richa e decidiu que deve prender só petista, inclusive com quebra de sigilo; Palocci perdeu o cargo porque a polícia invadiu a privacidade do caseiro; ninguém disse para quem Moro trabalha, até porque seria impossível cassar todo mundo, mas só idiota não nota o que está acontecendo.
A política brasileira é estranha:
Ciro Gomes era um dos candidatos mais fortes nas prévias das eleições, abandonou a candidatura a pedido do partido que não lhe deu sustentação. Na época eu disse que ele morreria se fosse candidato.
Marina Silva foi candidata pela segunda vez, depois que Eduardo Campos morreu em acidente de avião no mesmo dia da morte de Miguel Arraes, seu avô, um recado claro da extrema direita, assustada com a possibilidade de um neto de Arraes no poder. Eu avisei que se Marina viajasse no mesmo avião ela poderia ser morta, felizmente ela não estava no mesmo avião, Marina Silva está acostumada a escapar da morte mas, no Brasi, ninguém está garantido.
Janaína, a louca, advogada de acusação de Dilma, também é, segundo as fofocas, advogada da mulher que queria afogar os nordestinos, Mayara Petruso. Os vídeos deixam bem claro que a louca é extremista de direita, se bem que eu ache que a direita extremista escolheu muito mal sua representante.
Marina tem assumido uma postura de anti-bipartidarismo, isso é bom, mas há quem não goste nada da ideia.
Política do dia:
Marco Aurélia decidiu que Temer deve ser processado, assim com a presidente. Seu pedido foi arquivado.
A presidente decidiu que Cunha deve ser processado. O PMDB tem maioria.
Cunha decidiu que a presidente deve ser processada. A democracia acaba aqui.
Movimento Brasil Livre, MBL, quer cassar Marco Aurélio. Quem???
Ao jogar o PT contra o STF e contra o PMDB, com a ajuda das escutas ilegais, a Globo conseguiu o que queria. O PT continua muito ingênuo.
A política brasileira dá nojo, mas é engraçada. Não leia sobre política se estiver se alimentando no momento ou se seu estômago for fraco.
By Jânio
Renan Calheiros – A desgraça brasileira
Renan Calheiros do PMDB (AL) foi eleito presidente do Senado com 56 dos 78 votos dos parlamentares, Pedro Taques (PDT-MT) conseguiu 18 votos.
Eu sempre disse que não deveríamos votar em branco, mas depois dessa vitória de Renan Calheiros para a presidência do Senado, eu mudo de ideia.
A vitória de Renan Calheiros, por 56 a 18, mostra que vivemos numa falsa democracia e que votar tornou-se alimento para essa farsa.
Nota-se que o povo está legitimando o poder de uma máfia política que impera no país, financiado por banqueiros e multinacionais que já não negociam fora dos infernos fiscais, com a conivência e pagando propina para os Bilderbergers.
Eu confesso que já havia votado em branco, só não admitia isso em público. O problema é que para votar em um candidato, ele precisa de governabilidade, apoio, e já deu para notar que é impossível representar o povo em meio a essa máfia.
O último teatro que eu vi, foi do STF, fingindo que abandonava o jogo anti-democrático, mas libertando o preso acusado de matar a freira americana, e nós sabemos como são os crimes premeditados no Brasil.
Se o poder está na mão da PPP, se só podemos votar nos políticos, se os políticos comportam-se como prostitutas – favor não confundir com as profissionais, pois eu estou falando das vagabundas – como pilantras, então não vale mais a pena votar.
Esse sistema globalizado de poderes nunca funcionou porque o mundo não pensa igual, precisamos respeitar as diferenças de pensamentos, pontos de vista. Querer impor uma política mundial, padronizada, não dá certo, e temos notado isso nas guerras fajutas dos americanos, que agem como os imperialistas romanos, mas não conseguem exterminar seus inimigos, nem queimar suas culturas, para que não tenham história.
O STF não é eleito pelo povo, por isso não deveria tomar decisões pelo povo; os políticos foram eleitos pelo povo, mas preferem comprar os votos a ter de representá-los; a polícia procura desarmar a população, mas se sente acuada, matando pessoas e até os próprios membros da corporação.
O uso das forças armadas no Rio de Janeiro, contra o CV e outras organizações, e a reunião de policiais militares em São Paulo, para impedir que a ideologia do PCC se espalhasse pelo país, mostra que estamos descontrolados. A democracia idealizada na Idade moderna, surgiu da necessidade de se criar um sistema que fosse justo e igualitário, mas a aristocracia nunca obedeceu as leis, nunca pagou imposto de renda como deveria.
Esse descumprimento das regras, fez com que os aristocratas dominassem o mundo, com a ajuda da burocracia, controlada pelos burgueses. A mídia de massa, capitaneada pela TV, passou a mostrar a aparência de um mundo justo.
As aparências podem ser suficiente para eles, mas o povo sentiu a necessidade da inclusão tecnológica da informação, e isso custa mais caro do que o sistema estava disposto a pagar. Alem disso, a tecnologia ameaçou mostrar verdades inconvenientes, com a interação das próprias pessoas, por isso foi preciso censurá-las.
Renan Calheiros já teve a sua vida exposta na internet, mesmo assim continuou influente entre os políticos. Sua vitória anti-democrática acaba com a crença dos poucos que ainda acreditavam na falsa democracia.
Resta saber quais serão os mecanismos que o povo irá criar para se defender, além do PCC, CV, sem tetos, sem terras, sem dinheiro no bolso, prostitutas, contrabandistas, terroristas e loucos de todos os gêneros.
By Jânio
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