Socialismo – China X URSS
- A ideia de que a tomada violenta do poder pode ser feita não por uma insurreição armada de base operária que tome o poder de Estado e depois o consolide mediante a guerra civil, como sucedeu na Rússia, mas sim por uma inversão da ordem das coisas: primeiro a guerra civil, de base camponesa e prolongada, que acabe por cercar e conquistar as cidades e finalmente tomar o poder de Estado. Mao defendeu a ideia de que o campesinato era uma força revolucionária que poderia ser mobilizada pelo Partido Comunista sob o seu liderado. Ainda mais: considerava que a força motora da revolução devia ser a imensa massa camponesa que sobrevivia nas relações quase feudais do latifúndio chinês, enquanto o proletariado devia ser a força diretriz.
- Associada à ideia anterior, a denominada linha de massas. Enquanto Lenin considerava que para a tomada do poder não era necessário, nem sequer possível, ter o apoio da maioria dos operários e muito menos dos camponeses, e que era a própria tomada do poder que poderia depois permitir conseguir esse apoio, com alguns decretos populares (a paz, a terra e o pão), Mao defendia que era preciso desde o princípio lograr o apoio permanente dos operários e sobretudo dos camponeses à guerra civil, mediante uma sintonia profunda entre o Partido e as aspirações populares. É por isso que o maoísmo se tornou o modelo de todas as guerras de guerrilha posteriores. A linha de massas deu ao maoísmo uma natureza sempre diferente da do bolchevismo e das experiências socialistas típicas dos países europeus. De um modo geral, as execuções de “inimigos do povo” eram precedidas de julgamentos com grande participação popular, com um intuito pedagógico muito diferente do dos métodos aplicados pela Tcheka, caracterizados, após a guerra, pelo desaparecimento silencioso dos opositores. Os militares do exército branco que se rendiam eram em regra integrados no exército vermelho, e muitos oficiais e patrões foram também aceitos, desde que aceitassem honestamente a direção do partido. De um modo geral, pode-se dizer que o comunismo maoísta nunca teve semelhanças com a experiência socialista da União Soviéticaou dos países do Leste europeu. Talvez o melhor exemplo dessa diferença seja o destino dado ao monarca do regime deposto na Rússia e na China: enquanto na primeira ele foi fuzilado, bem como toda a sua família e criadagem, sem julgamento, na China o imperador foi “reeducado” e mais tarde empregado como cicerone do palácio que outrora fora dele e que depois passou a ser aberto ao povo.
- Ligada às anteriores, a utilização do campesinato para a revolução. Embora Marx e Engels colocassem a responsabilidade da revolução no proletariado e mais especificamente Lenin se centrasse no proletariado urbano e na inteletualidade próxima ao POSDR, a linha de massas de Mao obrigava a dirigir-se à maioria social do país, que era de base camponesa. O campesinato ganhava assim uma centralidade que não tinha no caso da experiência russa, onde era absolutamente ignorado.
- Permanência das classes sociais. Segundo Mao, as classes sociais permanecem depois da tomada de poder pelos revolucionários, de modo que também deve continuar a luta de classes durante o governo socialista, já que a burguesia mantém, após a revolução, a capacidade de restaurar o capitalismo. Evitar que isso acontecesse na China foi o principal motivo para organizar a Grande Revolução Cultural Proletária
Fonte: Wikipedia
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