Governo determina reforço de tropas federais para proteger Esplanada
A pedido do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o governo determinou que tropas federais protejam os prédios da Esplanada dos Ministérios. Na Câmara, depois do anúncio, Maia confirmou ter feito a solicitação, mas ressaltou que pediu a presença da Força Nacional de Segurança, e não das Forças Armadas.
Há pouco, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, informou, em breve pronunciamento, que tropas das Forças Armadas já estão posicionadas no Palácio do Planalto e no Itamaraty. Segundo o ministro, mais homens estão se deslocando para proteger os demais prédios da Esplanada, os ministérios e o Congresso Nacional.
De acordo com Jungmann, a medida foi necessária porque a marcha Ocupa Brasília, “prevista como pacífica, degringolou para a violência, desrespeito, ameaça às pessoas”. Não foi informado, no entanto, o total de militares deslocados na ação.
“O senhor presidente da República decretou, por solicitação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, uma ação de garantia da lei e da ordem. Nesse instante, tropas federais se encontram neste palácio e no Itamaraty. Logo mais, estão chegando tropas para assegurar que os prédios sejam mantidos incólumes”, disse o ministro no Palácio do Planalto.
“O presidente da República faz questão de ressaltar que é inaceitável a baderna, o descontrole. E que ele não permitirá que atos como esse venham a turbar um processo que se desenvolve de forma democrática e com respeito às instituições”, acrescentou Jungmann.
O ministro, após pronunciamento, destacou que a decisão presidencial se baseia no Artigo 142 da Constituição Federal. O artigo diz que “as Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério da Defesa, a atuação das Forças Armadas se restringirá a área dos prédios dos ministérios e palácios, não irão atuar no gramado da Esplanada. Ainda não há um efetivo confirmado.
Em medidas semelhantes, as Forças Armadas foram convocadas para garantir a segurança em grandes eventos como a Copa das Confederações, em 2013, quando houve uma série de protestos no país; Jogos Olímpicos e Paralímpicos, no Rio de Janeiro. Além disso, atuaram em situações extremas, como durante a greve de policiais no Espírito Santo.
Desde o início da tarde, manifestantes protestam na Esplanada contra as reformas, pedem a saída de Temer e eleições diretas no país. A manifestação, chamada Ocupa Brasília, foi convocada por centrais sindicais.
Parte dos manifestantes tentou furar o bloqueio feito pela Polícia Militar para isolar o gramado em frente ao Congresso Nacional. Com isso, os policiais atiraram bombas de efeito moral para dispersar. Teve início um tumulto e um grupo de manifestantes, usando máscaras ou cobrindo o rosto, começou a quebrar vidraças dos ministérios, orelhões, paradas de ônibus e banheiros químicos.
Alguns ministérios, como o da Fazenda, foram evacuados e os funcionários tiveram de deixar o prédio, que foi cercado por policiais. Segundo relator, houve princípio de incêndio no local. O Ministério da Agricultura foi evacuado depois que manifestantes entraram no prédio e colocaram fogo no auditório. De acordo com a assessoria, foram quebrados os quadros da galeria de ex-ministros.
Feridos
Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas no protesto. De acordo com a polícia, um manifestante foi atingido no rosto por um projétil. O homem foi socorrido por um médico que também participa do protesto e depois atendido pelo Corpo de Bombeiros e Samu. A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) investiga o caso e não descarta que o ferido tenha sido atingido por arma de fogo.
A reportagem da Agência Brasil acompanhou outro atendimento, de um petroleiro de Macaé (RJ) que foi atingido por uma bomba de efeito moral. Uma repórter da TV Brasil foi atingida por estilhaços de bomba na perna, mas passa bem.
De acordo com a SSP, o Corpo de Bombeiros fez outros dois atendimentos, dentre eles o de um policial.
Segundo a Polícia Militar, cerca de 35 mil manifestantes estavam na Esplanada dos Ministérios às 15h30. Uma grande bandeira verde amarela era carregada por várias pessoas, ao lado de cartazes contrários ao presidente Temer.
Durante o tumulto, um grupo de manifestantes encapuzado atirou pedras em direção à tropa de choque, que reagiu com bombas de gás lacrimogêneo, de efeito moral e tiros de bala de borracha. O grupo usa banheiros químicos como barricada, sendo que em alguns foram ateados fogo.
De dois carros de som, algumas lideranças do protesto, incluindo deputados federais, pediam que os policiais reagisse apenas contra quem os estava provocando. “Parem de atirar contra todos os trabalhadores”, disseram. Nos discursos, os líderes sindicais fizeram um apelo para que ambulâncias atendessem os feridos e que as forças policiiais recuassem.
Confusão na Câmara
No plenário da Câmara, após chegar a notícia da determinação de Temer, parlamentares da oposição e da base do governo começaram a discutir. Maia, que não presidia a sessão, se dirigiu ao microfone da mesa do plenário e confirmou a solicitação a Temer. “A decisão tomada pelo governo tem relação com o que o governo entendeu como garantia da segurança dos manifestantes e outros que estão na Esplanada”.
Questionado por jornalistas, Maia disse que havia pedido a atuação da Força Nacional de Segurança, e não das Forças Armadas. “O momento é grave e, para garantir a segurança tanto dos manifestantes quanto daqueles que trabalham nos ministérios e no Congresso, eu fui ao presidente [Michel Temer] e conversei com ele, pois achava que era importante que a Força Nacional pudesse colaborar neste momento junto com a Polícia Militar.”
*Colaboraram Mariana Tokarnia, Paulo Victor Chagas, Iolando Lourenço e Luciano Nascimento
Assembleia dos deputados vira zona de guerra no Paraná

Professores em greve e policiais militares entraram em confronto nesta tarde em Curitiba. A confusão começou por volta das 15h, no Centro Cívico, em frente à Assembleia Legislativa do Paraná, quando os deputados estaduais começaram a sessão para votar um projeto de lei (PL) que altera a previdência estadual.
Os professores, que estão acampados desde segunda-feira (27) no local, tentaram romper perímetro de segurança que a Polícia Militar (PM) traçou em torno da Assembleia Legislativa. A PM reagiu com bombas de gás, balas de borracha e jatos de água. Os manifestantes recuaram, mas os policiais continuam jogando bombas de efeito moral.
No caminhão de som, dirigentes do Sindicato dos Professores do Paraná relataram que servidores ficaram feridos. O sindicato estava transmitindo o protesto na internet pelo caminhão de som, mas o veículo foi rebocado pela polícia. Agora as informações dos representantes dos professores são transmitidas apenas pelo Facebook.
O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, informou pelo Twitter que a prefeitura foi evacuada para atender aos feridos, que também estão recebendo os primeiros socorros no Tribunal de Justiça. Seis escolas que ficam na região suspenderam as aulas. “Parece uma praça de guerra!”, escreveu Fruet na rede social.
A sessão da Assembleia Legislativa foi interrompida por cerca de dez minutos e retomada mesmo com o barulho de bombas e gritos do lado de fora.
O projeto de lei em votação na Assembleia foi encaminhado pelo Executivo para alterar a Previdência Estadual. O governo paranaense quer tirar 33 mil aposentados com mais de 73 anos do Fundo Financeiro, sustentado pelo Tesouro estadual e que está deficitário, e transferi-los para o Fundo de Previdência estadual, pago pelos servidores e pelo governo, que está superavitário.
Fonte: EBC
Curitiba – Capital da lavagem de dinheiro
Protestos pelo impeachment da presidente Dilma
01 – Impeachment da presidente Dilma Rousseff
Se eu fosse burguês, classe média alta, eu seria a favor, como eu não sou, faço algumas perguntas para quem participará dos protestos.
Há quanto tempo ocorreram as eleições? Isso não seria contra a democracia?
Quem controla o atual governo? Quem controlava o governo do PSDB? Mudamos de banqueiros para empreiteiras, mas os esquemas continuam os mesmos. O sistema bipartidário não permite uma terceira força, por isso, o terceiro candidato tinha de ser morto. Foi por isso que o PSB sempre hesitou em concorrer nas eleições para presidente. Ciro Gomes não era bobo, falta de apoio já é um aviso: “Não estamos satisfeitos com você!”
O grande perigo agora é que juízes, policiais, procuradores, sejam parciais. Se a mídia já é, haverá muita pressão contra, fazendo com que o pequeno contingente de policiais passe a trabalhar para eles.
Estamos a um passo de uma guerra civil, mas disso os manifestantes já estão a par e é por isso que querem barrar a entrada do SOS Militares (governo militar) nas manifestações. Eles só estão se esquecendo que os militares atuam justamente nessa área, para evitar supostos golpes. Á última tentativa de se evitar um suposto golpe, terminou em uma ditadura.
02 – Redução pela metade do número de ministérios
Eu sou totalmente a favor, já o governo…
Lembrando que o aumento de ministérios foi a princípio uma forma de blindar pessoas importantes do governo. A estratégia não deu certo, já que a mídia estava em peso contra o governo e, em cada escândalo, um ministro pedia demissão. Contudo o aumento de ministros serviu como moeda para negociar apoio com partidos da base aliada do governo.
Até o mensalão surgiu da busca por governabilidade e, nesse caso, havia a compra de apoio em dinheiro.
03 – Fim das fraudes orçamentárias
Pode-se dizer que a aprovação do orçamento também faz parte da governabilidade, por isso, cada político recebe investimentos em seu estado, entretanto, a fraude é um crime grave e demonstra incompetência na negociação política.
Eu acho difícil que o orçamento venha a agradar a todos, mas acho importante lutar pela transparência, desde que isso não seja um golpe para valorizar o apoio corrupto da oposição.
04 – saída do ministro do STF José Dias Toffoli do colegiado que julgará os crimes denunciados pela operação Lava Jato
Eu sou a favor, já que o ministro é ex-advogado do PT, prova disso é que o Juiz do lava jato no Paraná é acusado de ter livrado a cara de parentes do governador Beto Richa, PSDB, da cadeia.
05 – CPI do programa Mais Médicos
Com a vida que os brasileiros levam, nem todos os médicos do mundo resolveriam os nossos problemas. Caso ocorra uma guerra civil, precisaremos de médicos de Cuba, Venezuela, Cruz Vermelha…
O governo de Cuba paga pela formação dos médicos e recebe por isso do governo brasileiro. Essa é uma política de Cuba, eu acho que não devemos interferir.
06 – CPI do BNDES
Esse é o banco que mais rouba dinheiro do governo, mas as empresas são tão ricas que fica difícil lutar contra.
Desde que foi fundado, o BNDES sempre foi uma teta para os governos de direita, e é isso o que eles querem cortar do governo de esquerda.
07 – Ajuste fiscal sem aumento de impostos
É evidente que se for para fazer ajuste fiscal e aumentar os impostos, isso não funcionaria.
Eu acho que enquanto o país for um bordel político, nenhuma reforma será viável. Não se pode esperar que bandidos sejam legisladores para melhorias.
08 – Repúdio ao foro de São Paulo
Se o Foro de São Paulo for o que dizem na imprensa, protestos não irão resolver nada, será preciso pegar nas armas. Só não dá para ficar querendo entender o que são as FARCs, Cuba, Venezuela ou outros governos de esquerda. A China é um governo de esquerda e poderia desqualificar qualquer argumento contra esquerda. A direita precisa tomar cuidado ao fazer esse tipo de discurso. Se a esquerda está no poder agora, é porque pagou mais. Pobres somos como p****, quem pagar mais, leva.
09 – Concessão de asilo político ao venezuelano Leopoldo López
O Brasil precisa parar de interferir em políticas externas, pelo menos enquanto não acertar a nossa política. O Brasil não tem capacidade de resolver os seus próprios problemas e ainda quer resolver problemas alheios. A política bipartidária nunca muda: O governo quer o Battisti da Itália, a oposição quer o Leopoldo López, e o povo quer comida, segurança, saúde, transporte, educação…
10 – Fim das verbas de publicidade estatal
Foi isso que manteve a Globo no poder durante 25 anos e a transformou em terceira maior rede do mundo. E tudo começou com financiamento do governo a grupos estrangeiros.
Lutar contra isso é preciso, principalmente porque não é a direita que está mamando na teta.
Concluindo: Acho que nem é preciso dizer que os protestos são contra os votos de quem votou na presidente Dilma, ou seja, criaram o joguinho bipartidário e agora não sabem jogar, não querem ficar 500 anos esperando pela volta da burguesia ao poder, tempo que eles governaram.
Sugestão: Vamos fazer um protesto contra a ideia do governador Beto Richa de pegar o fundo de garantia de funcionários para cobrir rombos de sua gestão anterior. Podemos fazer protestos também contra o aeroporto de Aécio Neves, máfia do asfalto, máfia do metrô, mensalão de Brasília, privataria tucana, Carlinhos Cachoeira. PC Farias…
By Jânio
Interesses nos protestos do Brasil
Naturalmente, a forma imparcial como a televisão mostrava os atos, dando ênfase aos excessos e deixava o principal objetivo de lado, irritou os manifestantes e deixou também a Rede Globo no alvo secundário dos protestos.
Desta vez foi diferente… ou será que não? A televisão parece seguir outro ditado: “Se você não pode com eles, junte-se a eles”… ou será que não?
Se antes a televisão dava ênfase aos “baderneiros” e “marginais”, deixando os manifestantes de lado, agora a primeira página vai para o inpeachment da presidente Dilma. Será que há interesses por trás disso?
Na última grande manifestação de protestos no país, os blogueiros chamaram a atenção para as semelhanças com a teoria de conspiração que levou ao golpe de 64, quando a Rede Globo manipulava o governo militar, o impeachment de Collor também me veio a cabeça.
Quando Collor caiu, assumiu Itamar Franco; se Dilma fosse derrubada, entraria Michel Temer e a história se repetiria.
Quando Itamar Franco entrou, as ideias revolucionárias e populares de Collor ficaram de lado e o partido camaleão, PMDB, adotou medidas de direita. Quando a direita assume nós sabemos o que acontece: não tivemos mais ideias revolucionárias ou exageradas, por outro lado, PC Farias tornou-se um marco nesse novo sistema. No escândalo de Carlinhos Cachoeira eu notei isso: começou com um ataque do governo em retaliação pelo mensalão, a investigação que deveria parar em Demóstenes Torres voltou-se contra o governo e, quando a situação saiu de controle, atingindo tanto direita quanto esquerda, juízes começaram a abandonar os processos, aterrorizados, e pelo menos um investigador importante, responsável pela prisão de Carlinhos Cachoeira, foi assassinado.
Ao invés de ficarmos incendiando a população com as chamas da revolta, devemos convidá-los a refletir, perguntando o que queremos, justiça e cadeia para os corruptos ou fazer o joguinho bipartidário, saindo da panela para cair no fogo.
Será que alguém sabe há quanto tempo ocorreram as eleições e quem foi o vencedor(a)? Será que alguém sabe que os escândalos citam supostos crimes da presidente antes de seu mandato, portanto contra a lei e levando o eleitor ao papel de tolo, já que esse tipo de notícia deveria ser dado antes da eleição?
As notícias do aeroporto do Aécio foram noticiadas antes e um suposto escândalo contra Dilma levaria Marina Silva a vitória. Quem está sendo feito de bobo nesse joguinho bipartidário? Quais são os interesses? Quem morreu antes da eleição num acidente que poderia ter eliminado o terceiro candidato e o seu vice, fortalecendo o sistema bipartidário?
Por que as histórias sempre se repetem nesse país? Por que nossa memória é tão curta?
By Jânio
Protestos no RJ superam dia histórico
Investigador que prendeu Carlinhos Cachoeira é assassinado
Eu não acredito em teoria da conspiração
Mortes misteriosas de celebridades
MPL contra sindicalistas
“O povo não precisa de nenhuma cartilha, de ninguém falando alto no microfone para dizer o que ele tem que fazer ou não”, disse Mayara Vivian, do Movimento Passe Livre, em referência aos carros de som e às bandeiras usadas pelas centrais sindicais.
“Eu queria perguntar para os companheiros quando eles colocaram 30 mil pessoas nas ruas dessa forma dinâmica, autônoma, com todas as pessoas apoiando”, afirmou Mayara Vivian, ainda se referindo aos sindicalistas.
O Movimento Passe Livre condena modelos “verticais” de organização e luta apenas pela gratuidade da passagem de ônibus e metrô – ou seja, protestos com hierarquias.
O que mais me deixa constrangido na política, é quando a esquerda autêntica, tipo a Rússia, faz uma declaração polêmica e, depois de algum tempo, eu descubro que é verdade. Eu me sinto como se eu estivesse sendo usado por algum pastor canastrão, especializado em frases de efeitos, típicas de lavagem cerebral, como: “Ou você escolhe Deus, ou escolhe S******, não tem meio termo.
A teoria de conspiração da Primavera latino-americana parecia mais um desses muito virais que aparecem o tempo todo na internet, mas essa briga do MPL com os sindicatos chamou-me a atenção.
Eu acho natural que o MPL tenha características de direita, já que o governo federal é de esquerda mas, durante os protestos, eu notei muitos fatos estranhos.
01 – O MPL disse que era apartidário, continua dizendo, mas os manifestantes expulsaram as bandeiras de partido de seu meio, apesar dos partidos terem ajudado na promoção.
02 – O MPL disse que o foca seria as passagens, mas os manifestantes deixaram claro, não é só pela passagem, nem deve. Onde já se viu mobilizar dez milhões de pessoas para conseguir um desconto de dez centavos nas passagens.
03 – O MPL cedeu, agora dizem que precisam aceitar os partidos, já que receberam ajuda deles – nem precisavam dizer.
04 – O MPL conseguiu levar muito mais pessoas as ruas que os sindicados, mas os sindicados criticaram o uso da internet e sentiram na pele a força da rede.
05 – O MPL chamou os sindicalistas de burocratas e disseram que dessa maneira eles não irão conseguiu obter o mesmo sucesso nas ruas.
06 – Os sindicalistas fizeram tudo certo, mas da maneira errada. A vantagem dos sindicalistas é que eles não recuam.
07 – Pessoalmente, eu acredito que os sindicalistas carregam os pecados de terem sido aliados do PT, antes que o PT assumisse o governo, assim como FHC carrega sozinho suas decisões de aderir a globalização e a privatização.
Conclusão: Nenhum dos dois lados parece ideal e o povo é que terá de dar a decisão final, como ocorreu nas manifestações promovidas pelo MPL. Além disso, se os profissionais da área de saúde conseguem reunir tantas pessoas quanto os sindicatos, fica claro que os sindicatos estão precisando reavaliar suas atitudes.
Fonte dos depoimentos: Estadão
Texto: By Jânio
Brasileiros que fazem história
Manifestações no Brasil já ultrapassam 200 mil pessoas
O que parecia ser apenas uma manifestação desorganizada, sem nenhuma chance contra os poderosos, adquiriu importância até chegar a centenas de milhares de pessoas, transformando seus participantes em heróis nacionais, inclusive com história para contar para os filhos e netos.
Enquanto todos torciam para que os protestos ocorressem sem violência, parecia quase impossível que não ocorressem confrontos, afinal, as pessoas estão no limite.
Foi o Rio de Janeiro que registrou a maior concentração de manifestantes até agora, cerca de cem mil. Foi o Rio também que registrou o maior confronto do dia, com policiais atirando para o alto como aviso.
O protesto teve como estopim o aumento das passagens mas os próprios manifestantes reconheceram, através de cartazes, que o motivo não era só esse. Só em São Paulo, foram cerca de sessenta mil pessoas.
Outro dado curioso é que, finalmente, o povo conseguiu se livrar do jogo bipartidário, protestando contra todos os partidos, governo e oposição.
As imagens mais curiosas vieram de Brasília, com o povo invadindo a sede do poder, melhor, sem violência. Apesar das imagens, a adesão dos manifestantes em Brasília não foi tão grande.
Depois do rio, com cem mil manifestantes, e São Paulo, com sessenta mil, Belo Horizonte chamou a atenção com cerca de vinte mil pessoas no protesto. Não há dúvida que o nível de educação foi um fator importante nesses números.
A Rede Globo recebeu um recado, mas foi pouco, já que todas as redes de TVs tem relações obscuras com o poder, principalmente o grupo Sílvio Santos.
A mídia tratou o protesto como um fato ocorrido, quando de fato está apenas começando e tudo vai depender das medidas que os governos tomarem em relação ao que está ocorrendo no país.
A manifestação reclamou de tudo: Saúde, transporte, educação, corrupção, etc.
Eu sempre gosto de ressaltar que para uma manifestação como essa ter início, é muito importante que os objetivos e metas sejam estabelecidos antes. Pessoalmente, eu preferia uma manifestação pela cabeça dos corruptos, apesar de os brasileiros preferirem seus interesses imediatos.
Os interesses pessoais não são o mais importante, justamente pelo fato de serem consequências. O que deve ser atacado são as causas dos problemas, daí a importância de se pedir a cabeça dos oligarcas que trabalham para os banqueiros e magnatas.
Eu devo admitir que já tivemos paciência demais, até ver Renan Calheiros voltando a presidência do Senado, ficamos com os nervos a flor da pele.
Com relação ao problema específico das passagens, eu também já venho comentando isso há muito tempo: estamos brigando pelas migalhas, já que o governo só aumenta os impostos, forçando as empresas de ônibus a subir o preço das passagens.
Se as empresas de ônibus não são totalmente inocentes nessa história, a culpa do governo nem é preciso de provas para comprovar.
By Jânio
Os maiores protestos da história
01 – 1.773 – Boston Tea Party não era exatamente uma festa, o abuso de poder do império britânico chegava ao limite. Como os americanos não tinham sequer representante no parlamento britânico, essa questão do monopólio do chá que vinha da Índia, foi apenas o começo da luta pela independência.
02 – 1.930 – Gandhi/Satyagraha – O monopólio britânico na Índia, levaria a um protesto, provocando a prisão de cerca de 80.000 pessoas, pessoas que desafiaram o império.
03 – 1.963 – Duzentas mil pessoas na luta pelos direitos civis nos EUA, com a participação de Martin Luther King Jr, “I Have a Drean” – Eu tenho um sonho. Não houve violência, mas, algum tempo depois, a família Kennedy não seria a única a chorar seus entes queridos.
04 – 1.969 – StoneWall – No Greenwich Village, a máfia cedeu um lugar para os gays e lésbicas beberem e se divertirem, mas quando a polícia invadiu e fechou o local, houve tumultos e confrontos com a polícia em todo o Greenwich Village.
05 – 1.969 – Guerra do Vietnã – Os americanos cobraram caro pelo envolvimento dos EUA no conflito vietnammita. Foram cerca de 500 mil pessoas no maior protesto da história, e essa foi apenas uma parte da manifestação que se espalharia por todo o mundo.
06 – 1.978 – Irã – A praça Shahyad de Teerã seria o início de uma manifestação iraniana que atingiria 10% de todo o país, foi estimado de 6 a 9 milhões de pessoas. O povo pedia a renúncia de xá Mohammed Reza Pahlavi e a volta de Grand Ayatullah Ruhollah Khomeini. O Irã apresentava a sua “democracia” ao mundo.
07 – 1.986 – Corazon Aquino volta às Filipinas, após a morte de seu marido, iniciando uma luta pela verdadeira democracia nas Filipinas.
08 – 1.989 – Quando um rebelde desarmado ficou a frente de um tanque, o mundo inteiro pôde ver o que de fato acontecia na China. Não se sabe muito, mas o pouco que se sabe chocou o mundo inteiro.
09 – 1.989 – Purple Rain – Milhares de ativistas se mobilizaram pela luta contra o apartheid na África do Sul, dias antes das eleições parlamentares. A idéia da polícia usar água com tinta roxa, contra os manifestantes, ficou conhecida no mundo inteiro, só o efeito foi o contrário.
11 – 2.011 – Egito – Os protestos no Egito dão início a uma revolução político-social no Oriente Médio.
Fontes – TIME
A crise da PPP
A PPP é a base do marketing, onde são identificadas as áreas onde um empreendedor deve ficar atento, para que seu empreendimento obtenha o sucesso desejado.
Eu criei uma nova PPP, uma versão para os donos do poder, incluindo os políticos, a polícia e os pilantras. Há muito mais elementos que poderiam ser identificados com o P, mas não seria certo, principalmente porque alguns são mais vítimas que algozes, como é o caso das prostitutas, por exemplo.
É evidente que a política reflete, em parte, o comportamento do povo. Mesmo sendo elitizada, a medida em que o povo assume uma postura mais séria, alguns políticos menos corruptos tendem a aparecer.
Há algum tempo atrás, a compra de votos e os mensalões, bem como megashows de celebridades, durante as grandes campanhas, era uma prática normal, não só tolerada pelo povo, como apoiado por ele.
O povo queria acompanhar a política, mas os velhos discursos eram muito enfadonhos, a saída eram os shows.
No escândalo da assembléia do Paraná, o máximo que eu ouvi foi: “O dinheiro desviado terá de ser devolvido”, eu fiquei pensando, mas, e a cadeia?
Nos últimos meses, acompanhamos vários pequenos escândalos, mostrando que a corrupção está bem mais próxima do povo do que parece.
O escândalo de Brasília deixou a impressão de que não havia a quem apelar, foi preciso a intervenção da terceira instância da “Justiça”. Mais tarde, outro escândalo em Dourados, mostrou que a corrupção no baixo escalão pode ser muito maior que no topo da hierarquia.
Agora, às vésperas das eleições, estamos às voltas com mais um crime político, em Amapá.
A principal característica desses crimes, é que não há separação entre governo e oposição, não há possibilidade de corrupção sem a participação da oposição.
Uma estátua deveria ser erguida em homenagem à resistência a corrupção, por meia dúzia de heroicos manifestantes em Brasília. Em Dourados, parece que o povo está provando que prender corruptos não é inconstitucional, é questão de vergonha na cara.
Normalmente, para se prender um político criminoso, é preciso cassar seu mandato. Enquanto esse político não é expulso de seu próprio partido, sua cassação fica muito mais difícil.
A prisão de toda a polícia, em Campo Largo, é um sinal de que há uma luz no fim do túnel.
Em minha cidade, quando se faz uma denúncia, essa pessoa é vista como inimigo público número um, supostamente sujou o nome da cidade, mas, na realidade, as mudanças dependem de denúncias. Quando há conivência de autoridades, ou da população, no crime, a corrupção e a organização criminosa se tornam muito mais fortes.
Cidades onde estão ocorrendo essas pequenas revoluções, no futuro, terão a sua chance de crescer. Tudo o que começou com denúncias, desde que as autoridades não atrapalhem a ação da justiça, iniciarão um processo de cidadania, onde o futuro das próximas gerações estará assegurado.
O grande “pecado” dos políticos, até aqui, para a nossa sorte, foi a vaidade. Foi pela vaidade que Roberto Jefferson entregou todo o esquema de mensalão, uma armadilha que jogou Roberto Jefferson contra José Dirceu.
Durval Barbosa entrou para a história, como o primeiro político digital, derrubando a alta cúpula de Brasília.
Ainda há muitos problemas na justiça brasileira, burocracias que dificultam separar um ladrão de galinhas de um grande mafioso. Quando isso acontece, não é o ladrão de galinhas que é solto, é o mafioso.
Fora isso, o povo está fazendo a sua parte, é em meio a essas pequenas revoluções que deverão surgir grandes políticos do futuro, educados, honestos e conscientes de suas responsabilidades sociais.
By Jânio
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Tirando a roupa para mudar o mundo
Um tema, para ser polêmico, deve mexer com todos os conceitos médio-burgueses da sociedade, como religião, sexualidade, moral e bons costumes, etc., o que será analisado, inevitavelmente, sob o ponto de vista machista da sociedade.
Como tudo o que envolve a classe média, ela sempre apresenta o pré-julgamento, podendo apresentar ambos juízos, culpado ou inocente.
O caso do pudor é um exemplo disso, nesse caso, se é protagonizado por uma mulher, a sociedade tem um pré-julgamento previsto em lei, se a pessoa envolvida no caso é um homem, o crime apresenta uma visão totalmente diferente do fato. Isso pode até não ter muita importância à princípio, mas pode influenciar e distorcer a verdade, como ela deveria ser.
Vamos partir do pressuposto que qualquer pessoa que cometa um crime, seja doente, isso abriria um precedente para que qualquer pessoa fosse inocente de um crime, expondo a sociedade a toda e qualquer sorte de criminosos, que se aproveitariam dessa brecha na lei. Você pode até ficar espantado, mas isso acontece; há casos em que o criminoso consegue comprovar doença mental, ou o contrário, comprometendo o veredicto.
A nudez expõe essa distorção, colocando em cheque a chamada moral e os bons costumes; novamente, as principais instituições da classe média são colocadas a prova.
Recentemente, um artista ficou nu, sua ideia era ver a reação das pessoas; enquanto, normalmente, a nudez é vista em esculturas, revistas, ou outras formas de comunicação.
A nudez do artista, ao vivo, que não deveria se mexer, passando a mesma ideia, chocou muita gente, mas sem maiores consequências.
Um senhor idoso, veja foto, pensando conhecer a cultura do Brasil, esqueceu-se que o pensamento burguês, aqui, é igual em qualquer parte do mundo. Resultado: acabou preso, ao trocar de roupa em um aeroporto cheio de pessoas.
Primeiro, vamos nos lembrar que um artista, ou qualquer manifestação cultural, sabe o preço e os riscos de seu ato, é preciso que a finalidade fique muito bem definida, ao olhos da sociedade.
Ao longo dos tempos, a nudez é um dos tabus em maior contradição, mesmo assim, não apresenta um consenso em qualquer época que seja. Por isso, vamos nos ater aos fatos mais recentes, que foram presenciados por um maior número de pessoas também.
Logo após a primeira e segunda guerras, outros confrontos ameaçaram uma terceira guerra mundiais. Mesmo com características de guerra civil, o Vietnã e a Coréia mostraram como o mundo se encontrava frágil. Apesar de menos catastrófico, essas guerras provocaram muitas dores e sofrimentos nas pessoas, dos poucos países envolvidos, principalmente os Estados Unidos e a Rússia.
Para curar a paranoia ameaçadora da Guerra Fria, nada melhor que um choque na mente dos brigões. Foi assim que começaram as passeatas de nudistas, protestando contra as guerras, culminando com o festival de Woodstock, onde concentrou-se os manifestantes mais radicais, os roqueiros.
Além do festival de Woodstock, outras manifestações, onde as pessoas se utilizaram da nudez para chocar a sociedade, aconteceram pelo mundo, e no Brasil também. Apesar de, aparentemente, ser um tipo de manifestação de países desenvolvidos, não se espante se um dia der de cara com um monte de gente pelada vindo em sua direção, mas não se esqueça, tem que ter bandeirinha, ou faixas e cartazes na mão, como naquele filme de Charles Chaplin.
Com a chegada da internet, os rebeldes com causa se organizaram rapidamente. Algumas manifestações se formam rapidamente, dissipando-se como começaram. Pode parecer brincadeira de bobo, mas podem acontecer no mundo inteiro, com a ajuda do mais belo exemplo de Marketing viral, via internet.
Assim surgiu a passeata dos ciclistas, para protestar contra o trânsito louco das grandes cidades. No Brasil, só aconteceu em São Paulo, mas as metrópolis do mundo inteiro sentiram a força dessa manifestação.
A última manifestação, da última semana, foi uma brincadeira chamada improvise, onde todos os manifestantes ficavam só de cuecas ou de calcinhas. Segundo os organizadores da passeata, a finalidade era fazer as pessoas rirem; esse era um detalhe importante, fazer uma pessoa rir.
No metrô de Nova York, com um frio muito abaixo do zero, não deixou de chamar a atenção. Detalhe: tanto a manifestação dos ciclistas, quando a manifestação do improvise, deverá acontecer todo ano, ganhando mais adeptos ao longo dos anos.
Uma manifestação bem brasileira aconteceu depois do escândalo da Uniban, mas não foi na Uniban. A manifestação foi na UNB, em Brasília, mas a finalidade era contra a violência sofrida pelas mulheres na faculdade.
Notem que as paranóias, desrespeitos, corrupção e outras anomalias sociais, são o reflexo da própria sociedade. Até a má gestão pública, ou de instituições privadas, reflete a educação, a cultura de um país, mesmo que os maiores responsáveis sejam os executivos dessas instituições, afinal nós demos a educação a eles, além de sermos tolerantes com seus crimes.
By Jânio.
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