Os sentimentos dos ricos e dos pobres
Há cerca de dez anos atrás, durante uma entrevista, um jornalista se surpreendeu com a resposta de um empresário, quando perguntou: “Quem foi que disse isso?”
O empresário irritado respondeu – Eu estou dizendo! – para a surpresa do jornalista.
Não satisfeito com a resposta, o jornalista insistiu – Como você pode garantir que está certo?
Eu sou empresário a vinte e cinco anos, meu amigo, para abrir a boca eu preciso ter certeza – Respondeu.
Conclusão: Normalmente, a sociedade precisa de fontes seguras, referências confiáveis. Quando isso não acontece, ficam surpresos, podendo até se irritar.
Acontece que o ser humano não é tão criativo assim, nem tem predisposição para pensar, por isso fica surpreso quando alguém antecipa uma informação.
Vivemos numa sociedade onde somos programados para agir e pensar dentro de um certo padrão, é por isso que a polícia tem a ajuda de um psicólogo para descobrir determinados crimes. De certa forma, cada categoria de criminoso tem um padrão de conduta e pensamento.
No caso dos mentirosos, por exemplo, eu costumo dizer que há três categorias:
01 – Aquele que não sabe mentir, inventa mentiras e cai em contradição. Esse tipo de mentiroso não tem um padrão, mente por falta de caráter, além de ser um tremendo hipócrita.
O péssimo mentiroso não vê seus próprios erros, apenas os erros dos outros. Quando uma pessoa erra, e assume, não é uma pessoa mentirosa por natureza.
Há também mentirinhas leves, como um perfil de internet, onde a pessoa usa um nome fictício ou nickname (apelido) – Note que esse tipo de comportamento é considerado normal, faz parte da linguagem virtual.
Apesar da polícia, relacionada a crimes virtuais, terem quebrado a cabeça para separar os criminosos das vitimas, e de internautas comuns, chegou-se a um consenso – Bem mais fácil do que prender um político corrupto, um empresário criminoso ou um estelionatário.
02 – Um bom mentiroso é um pouco mais sofisticado, nesse caso também há os inocentes e os culpados. No caso dos inocentes, um bom exemplo seria um famoso cineasta que declarou, certa vez, que trabalhando de office boy, usou uma sala que não estava sendo utilizada, para se aproximar de produtores e mostrar seu trabalho – Na realidade, ele arrumou o emprego só para se aproximar dos produtores.
Também há os culpados, aqueles que mentem de cara dura, para dar o golpe em mulheres carentes, ou vice-versa, no caso das “vagabundas”. Uma mulher que engravida para arrumar marido, ou infernizar, a vida de um homem, ou o homem que elabora uma conquista, prometendo mil coisas, só para passar uma noite com a vítima.
Um bom mentiroso é aquele que mente o valor do salário, depois tem de se matar de trabalhar, para manter seu status de “grã-fino”.
Uma outra história interessante, é a de um cego que ficava no centro de São Paulo, numa praça muito movimentada. Todos passavam por ele, raramente o viam. Um homem aproximou-se dele e disse – Olá amigo! Gostaria muito de dar-lhe uma gorjeta, mas estou com vergonha, só tenho algumas moedas de um real, certamente você recebe gorjetas acima de cinquenta.
O mendigo cego, espantado com as palavras daquele homem tão simpático, respondeu: O Senhor está enganado, eu raramente recebo alguma gorjeta. A maioria das pessoas nem me vêem, apesar de eu ser o cego; a maioria, quando me olha, acha que eu estou fingindo que sou cego, imaginam que eu ganho milhões, assim ninguém me dá nada.
– Convido-o para ficar algum tempo aqui, já que eu irei lanchar daqui a pouco.
Assim, o homem permaneceu com aquele cego, durante duas horas, sem ver ninguém dando sequer uma moeda de um real, nem para aliviar a própria consciência. O homem cego então levantou-se, e disse – Agradeço a sua companhia amigo, não se preocupe, normalmente é pior. Hoje, pelo menos, não precisarei pedir o lanche “fiado”, já que o atendente da lanchonete me faz o lanche a preço de custo – disse o cego – Agradeço a Deus por tê-lo encontrado hoje – completou.
– Quando encontrar outro mendigo, lembre-se: Não queira saber o que os outros estão fazendo, faça a sua parte, nem me ofereça um livro, mas eu agradeceria se lesse esse livro para mim, e, se possível, explicasse suas palavras. Sua companhia vale mais do que a sua gorjeta. Agora, por favor, ajude-me a chegar até a lanchonete, em frente, quero apresentar-lhe ao atendente meu amigo, dizer-lhe que estou feliz por ter encontrado um bom homem.
Esse texto é dedicado á Homero, um homem que muita gente duvida ter existido, cujo vida virou lenda. Um cego que enxergava muito mais que a sociedade inteira a seu redor, vagando pelo mundo, com um menino e sua velha bengala.
Homero ousou desafiar os deuses e os heróis gregos, mostrando suas fraquezas, eternizando suas eventuais falhas. Para Homero, não havia ninguém acima de ninguém, alguém que não precisasse pensar e sentir, antes de agir – … e é preciso agir.
By Jânio
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