Político não pode ter medo
Na semana passada José Serra disse uma frase emblemática, não em seu sentido geral, mas pelo fato de fazer a gente pensar, e fez.
Eu não me lembro da frase, mas me lembro do sentido dela: “Um bom político não é aquele que não tem medo, é aquele que faz, mesmo com medo.”
O que um político poderia fazer com medo? – Essa foi a primeira questão que surgiu em minha cabeça. Será que um político com medo pode fazer alguma coisa de forma correta?
A palavra “medo” é um tabu em ambientes políticos. Por exemplo: O próprio Presidente Lula usou essa palavra a seu favor, mas só depois de eleito.
“A esperança venceu o medo”, uma resposta a vários anos de duras críticas, veiculadas pela mídia elitista do Brasil, deixando o povo com medo de mudanças.
Eu não gosto de ser parcial, nem tenho nada contra o azarão José serra, que pegou uma batata quente que nenhum membro do PSDB teve coragem, afinal, encarar um candidato do governo, quando esse está com uma popularidade nas alturas, não é para qualquer um, é coisa de azarado mesmo.
A notícia boa é que todos esses políticos sempre estarão negociando algum benefício, seja contra ou a favor do governo, enquanto nós estaremos rezando para o salário não acabar no final do mês.
O sistema bipartidário, onde somente dois partidos tem chances reais de vencer a eleição, é anti-democrático, e olha que a questão aqui é muito mais que dinheiro. Estamos falando de apoio político, com o país dividido em duas partes, posição e oposição.
Apesar desse tipo de política combinada, algumas situações não mudam:
Vocês não imaginam como Renan Calheiros trabalhou duro para criar aquele sistema de desvio de verbas para as empreiteiras, onde tinha até personalidade de Hollywood, tipo Charles Bronson ou algo assim; Chico Lopes foi um grande funcionário público, com muitos amigos que o ajudavam, claro que ele também ajudou-os fornecendo informações sigilosas do governo; Mister Dantas e os banqueiros descobriram, da maneira mais difícil, que devem confiar no Brasil, não devem fugir, essa globalização é um perigo para as muitas máfias existentes no Brasil; Roberto Jefferson foi defender o suspeito de atentar contra a vida do Desembargador de Sergipe, também já decidiu que vai defender José Serra; A turma do mensalão está toda aí e deverá ser reeleita, Collor, Genuíno, Sarney, amigos de Brasília, mensalinho do Azeredo, etc., não meus amigos, o problema não são os políticos, eles estão sendo eleitos democraticamente, segundo o sistema bipartidário.
Nesse país nós já vimos de tudo, dizem que o brasileiro tem memória curta, não é verdade, o problema é que são muitos fatos para lembrar.
Por exemplo, eu não me esqueci da Georgina de Freitas ou do Jáder Barbalho, o grande problema da política, é que que os empresários levam a maior parte da grana, sem aparecer, é por isso que eles preferem o bipartidarismo, para investir melhor, não dá para bancar todos os partidos. No Brasil tem tanto partido que o processo encareceria demais – Vocês repararam que toda as declarações dos candidatos, no IR, seu patrimônio fica entre um e dois milhões, não dá para passar disso.
Qualquer candidato com potencial para romper o sistema bipartidário, é convidado pelo próprio partido para se retirar. Volto a lembrar, não é apenas uma questão de dinheiro, é o jogo do poder.
O Brasil é um país onde até a máfia italiana tem medo de se aventurar, aqui eles ficam perdidos. Temos máfias de contrabando, máfias de fiscais, máfias de empreiteiras, máfias de mensalões e mensalinhos, roubo de carro, INSS, perto deles, os traficantes das regiões metropolitanas são meros trombadinhas, a quantidade de dinheiro que gira no governo, e na oposição, é tão grande, que quando eles falam, os bandidos escutam.
Conversando com um amigo meu, ele me disse que bandido não tem medo de nada, só abaixa a cabeça quando a polícia pede, porque a polícia mata; pilantra só respeita a polícia.
A polícia não tem medo de nada, tem liberdade para matar, ninguém para ela. Além disso é a maior fornecedora no comércio ilegal de armas. Polícia só tem medo de uma coisa, político; vamos excluir a PF da PPP.
Quando político fala, a polícia abaixa a cabeça, ela prende eles soltam, devem respeitar a hierarquia.
Político só abaixa a cabeça quando as prostitutas falam, as prostitutas não fazem parte da teoria “PPP”, são um estranho no ninho, mas conhecem todo o podre do poder, por isso não respeitam a hierarquia.
A eleição está chegando, o resultado será dado antecipadamente pelo IBOPE, iremos as urnas apenas para confirmar o que o sistema decidiu, que tudo continuará como está.
By Jânio
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