Turquia retira teoria da evolução de Darwin do currículo escolar
Um representante do Ministério de Educação turco, Alpaslan Durmus, anunciou que a partir de 2018 a teoria da evolução não fará mais parte do currículo escolar da Turquia. “Há temas polêmicos nos quais os alunos ainda não dominam o contexto científico para entendê-los”, disse ele durante um discurso público, agora acessível no site do Ministério. A informação é da agência EFE.
“A disciplina Início da vida e evolução foi eliminada”, diz Durmus em parte do discurso. A decisão significa que a teoria da evolução já não será obrigatoriamente ensinada nas escolas turcas e só será tratada depois, no bacharelado, segundo o jornal turco Hürriyet.
Alpaslan Durmus afirmou que os novos conteúdos já têm a autorização do presidente do país, o islamita Recep Tayyip Erdogan. A decisão foi antecipada, em forma de projeto, em fevereiro, quando o vice-primeiro-ministro turco, Numan Kurtulmus, qualificou a teoria de Charles Darwin como “cientificamente antiquada e podre”.
“Nenhuma regra diz que se deve ensinar esta teoria”, disse Kurtulmus, catedrático de Economia na Universidade de Istambul e membro do partido islamita Justiça e Desenvolvimento (AKP), que governa a Turquia desde 2002.
A modificação do plano de estudos provocou protestos da oposição laica, que pediu aos altos cargos do AKP que “percam o medo do macaco”. Acadêmicos das melhores universidades da Turquia também criticaram a iniciativa, lembrando que a Arábia Saudita, conhecida pela sua ultraconservadora interpretação do Islã, era o único país em que a teoria da evolução tinha sido excluída da educação escolar.
Novo ano letivo
Durmus anunciou que o conteúdo dos novos manuais escolares serão apresentados a público uma vez terminado o Ramadã, na terça-feira. E a partir do início do novo ano letivo, em setembro, os novos planos serão implementados como projeto piloto para aperfeiçoamento e finalmente serão universais a partir do ano letivo 2018-2019, precisou.
O AKP já tentou, em 2006, introduzir teorias “criacionistas” no ensino público, mas a oposição conseguiu impedir.
O então ministro de Educação, Hüseyin Çelik, defendeu a necessidade de ensinar a teoria do “design inteligente”, porque “coincide com os livros divinos monoteístas”, enquanto as teorias de Darwin, disse, refletem uma ideologia ateísta.
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