Morte e vida de Nimr Al-Nimr
Nimr Baqr al-Nimr (emárabe: نمر باقر النمر, Nimr Bāqr an-Nimr, também romanizado Bakir al-Nimr, al-Nimer, al-Nemer,al-Namer, normalmente citado como Xeique Nimr;1959 – 2 de janeiro de 2016) foi um clérigo xiita de al-Awamiyah, província daArábia Saudita.[1] Tinha uma atuação popular entre os jovens e era crítico ao governo saudita. Era um defensor de eleições diretas da Arabia Saudita. Em 2009, criticou as autoridades de seu país e propôs a independência de sua província.[2]
Prisão
Um mandado de prisão foi emitido contra ele e outras 35 pessoas foram detidas juntas. Durante os protestos de 2011–12 contra o governo saudita, al-Nimr pediu aos manifestantes que não usassem a violência contra os policiais, prevendo que a governo responderia de forma ainda mais dura contra a população[3] . Segundo o jornal inglêsThe Guardian, ele seria o líder da revolta.
Execução
Em 15 outubro de 2014, foi sentenciado a morte por uma corte criminal pela acusação de procurar apoio estrangeiro e desobediência cível”. Al-Nimr foi executado, provavelmente, dia 2 de janeiro de 2016, com outros 46 prisioneiros.[4] Sua execução foi condenada pelo governo iraniano e pela comunidade xiita do oriente médio, e também por personalidades sunitas não sectárias.[5] O governo não devolveu o corpo à família e declarou ter cremado todos os executados.[6]
Ver também
Fonte: Wikipedia
Comentário:
Eu sempre considerei a execução de Saddam Hussein um grande erro e, apesar de tomar conhecimento da vida de Nimr apenas depois de sua morte, vou arriscando um palpite: esse erro foi maior que a execução de Saddam.
Apesar de o ocidente considerar o islamismo como uma religião de muçulmanos de uma ideologia só, a realidade é que há muitas diferenças no Oriente-Médio, entre os países, regiões e, principalmente, na política. Apesar de toda a propaganda política que procurava legitimar a guerra do Iraque, obscurecendo a realidade daquele país, o tempo mostrou que a interferência não ajudou em nada.
A execução de Nimr poderá provocar algo inédito no islamismo da região, unanimidade, já que não estamos falando de grupos terroristas mas, sim, de religiões, apesar de o ocidente não saber a diferença.
Quando um governo mata um clérigo (autoridade religiosa), fica evidente que algo está errado. Nimr foi executado como um criminoso político e esse foi um grande erro das Arábias.
Segundo um especialista russo, a possibilidade de uma guerra entre a Arábia Saudita e o Irã é remota, entretanto, eu diria que o caldeirão do caos do Oriente-Médio ganhou ainda mais combustível para algum fato diabólico que poderia ocorrer no futuro e que devemos procurar evitar a todo custo.
A execução de Nimr fez com que o Iraque ficasse indignado, mas foi no Irã que as consequências foram mais desastrosas. A crise diplomática com o Irã causou uma reação em cascata entre os aliados da Arábia Saudita, mas isso não fará muita diferença para o Irã que já vem enfrentando o boicote americano há muito tempo, o problema é muito maior que isso.
Segundo o especialista russo, a manipulação do preço do petróleo por parte da Arábia Saudita, já sabemos que o petróleo é usado como moeda pelo Irã que se encontra isolado, poderá provocar uma guerra entre os dois países.
By Jânio
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