Mais da metade dos brasileiros vive com menos de um salário
Analisar os dados mais importantes do IBGE, na minha opinião não é tarefa fácil. O problema é que, assim como no IBOPE e outros institutos de pesquisa, os resultados vem de uma maneira que parece que tudo está bem.
O primeiro dado, eu considerei corajoso:
Nos domicílios pesquisados, 67% viviam com renda per capta de menos de um salário mínimo (510,00) – Levando-se em conta que nas décadas anteriores, as pesquisas apresentavam o resultado por famílias na casa, ou total de dependentes/moradores dessa residência, a renda per capta, por pessoa, é um avanço.
Eu fiquei imaginando que 16 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza é um problema grave para o governo, também é muita coragem achar que vai zerar isso em apenas quatro anos.
Seria difícil de acreditar, já que o Brasil apresenta regiões muito diferentes, dificultando os projetos nessa área.
Em São Paulo, o estado mais rico, poderia-se até acreditar num resultado próximo a isso, mas os projetos envolveriam o Governo Federal, Estadual e Municipal, já que todos tem sua participação no poder, riquezas e responsabilidades.
Também é preciso lembrar que as pessoas não precisam só de comida, precisam de educação, saúde, transporte, etc. Na educação, a ideia de achar que o analfabetismo é o único problema a ser considerado é outro grave erro.
O número de analfabetos teria caído de 13,6% para 9,6% em dez anos, isso coincide com os 16 milhões de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza. Tanto um, como outro problema, poderiam ser resolvidos em parceria com ONGs, deixando o Governo com uma responsabilidade maior, resolver os outros problemas de infraestrutura.
Analfabetismo é uma vergonha para o país, mas não é o maior dos problemas, o maior problema é o semi-analfabetismo em grande número. A educação cidadã, mostrando os direitos dos cidadãos, essa seria muito bem-vinda.
A educação cidadã não é o objetivo do Governo, o verdadeiro cidadão consegue ver os problemas sociais, sabe/conhece os seus direitos.
O voto aos dezesseis anos foi uma forma que alguns políticos encontraram para se manter mais algum tempo no poder, obrigá-los a votar seria melhor ainda. O detalhe mais interessante é que o fator internet teve uma importância muito grande, já que passou a exigir uma educação mais preparada por parte dos pais, professores e sociedade em geral.
Hoje, não seria de duvidar que os jovens com menos de dezesseis anos fossem mais educados que os mais velhos, então, o problema passaria a ser educar os mais velhos. É bom que se diga que, nesse caso, estou falando de educação política, que era o objetivo do voto aos dezesseis.
No caso da educação familiar, cidadã, os mais velhos naturalmente adquirem com mais tempo e sabedoria.
Se compararmos esse governo com o anterior, aí sim teremos um crescimento. Ainda assim não é suficiente, precisamos de novas opções.
Maranhão e Piaí, redutos da família Sarney, naturalmente estão na pior situação.
Foram pesquisados cerca de 5.565 municípios, 190.755.799 pessoas.
A média de pessoas por domicílio caiu de 3,8 para 3,3 pessoas
By Jânio
4 Comentários »
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Pingback por Ver! | Blog | Mais da metade dos brasileiros vive com menos de um salário | maio 4, 2011 |
Jânio, depois de ler o teu artigo, fiquei com a pensar que, deve ser difícil para qualquer governo, em quatro anos, fazer algo de substancialmente significativo. Isto falando de números. Espero que os objectivos sejam atingidos!
Abraços!
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Olá Luisa:
Se isso fosse alcançado nas regiões mais estruturadas, isso já seria um grande avanço, sem dúvida.
O Governo PT obteve um pequeno progresso, sem retrocesso, como acontecia com outros Governos, mas não se dispõe a cumprir o que sempre prometeu, acabar com a corrupção.
Para se acabar com a corrupção, é preciso baixar os impostos. Para baixar a inflação é preciso aumentar a concorrência, acaba com os monopólios, ferindo os coronéis da política.
Isso eles não querem fazer.
ABS
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