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Brasil – Um povo dividido entre o presente e o passado

O que deu errado

Homem Chave

Esse tema já virou clichê, aqui no madeinblog/icommercepage, eu não quero esquecer de como funciona a sociedade brasileira, nem de como somos enganados.

Estamos sempre a procura do maior, ao invés do melhor, esse sentimento tem sido muito utilizado pelos institutos de pesquisas, principalmente no caso de intenção de voto.

Esse é um sentimento que vem do tempo da Monarquia, passando pela Proclamação da República, Regime militar, e até pelo movimento de Diretas Já.

Com sistemas de controle favoráveis para si, a classe média alta se tornou preguiçosa e irresponsável, em relação ao social. Não podemos, de maneira alguma, achar que o sistema é dispensável, isso seria utopia anarquista.

Quando se trata de anarquismo, eu sei do que eu estou falando, de certa forma eu sempre tive uma certa tendência ao anarquismo, nunca segui esses pensamentos porque assim não seria anarquismo.

“Se hay gobierno, yo soy contra” – Você faz ideia de quem disse essa frase? – Além dele, só o Mestre, Jesus, foi mais revolucionário.

A questão básica é: Um povo não pode se prostituir diante de sua própria sociedade ou ideologia, esse povo precisa se dar o valor, através do qual o sistema decidirá o que nós merecemos.

Nós nunca nos mobilizamos para nos dar o valor; quando isso ocorreu, ocorreu de forma errada, ou seja, fomos manipulados pelo sistema elitizado, quando nosso objetivo deveria ser uma mobilização contra o próprio sistema. Essas mobilizações, em prol do sistema,  ao invés de aumentar o nosso valor em relação a ele, diminuiu.

Não é difícil saber onde estão localizadas as principais peças dessa engrenagem, local onde deverá ser feito o ajuste; também não é preciso guerra ou revoluções, as guerras implicam em decisões arbitrárias, portanto elitista.  Mudanças radicais, sem a identificação do povo, nunca poderão se sustentar; a satisfação do povo sempre deverá ser o objetivo final.

Quem matou Jesus? – As instituições  costumam afirmar que quem matou Jesus foi o povo, na realidade, essas instituições transferem para o povo a sua própria responsabilidade. O povo, de fato, eram aquelas pessoas que o seguiam, as pessoas que abandonavam a produção de seu próprio alimento de sobrevivência, para ouvirem as verdades proferidas pela boca daquele homem santo.

A elite tem escolhido o sistema de governo que é melhor para o povo; desde o seu descobrimento, o Brasil nunca mudou, na área política.

Durante muito tempo, foi bom para as classes dominantes, viver como colônias, sob o poder paternal do governo Português. Passados séculos, esse sistema deixou de agradar às classes poderosas da colônia, foi proclamada a Independência.

A independência, de fato, não ocorreu, foi apenas uma forma de acalmar o manipulado povo brasileiro.

O sentimento de independência, criado pela elite, foi vencido pela demagogia da monarquia, assim o poder se sustentou por mais algum tempo.

Não satisfeita com o processo de transferência de poder, dentro da família real, a elite conspirou novamente, criando o sentimento de República. Foi proclamada então a República Federativa “Militar” do Brasil.

Desde então convivemos entre a Democracia e o Regime Militar, entre as mudanças manipuladas e os interesses elitistas.

O último período de Regime Militar, a que fomos submetidos, parecia interminável, e seria se o poder conseguisse se sustentar por mais tempo, atendendo aos interesses das classes médias altas.

As peças a serem ajustadas, dentro do sistema, são as mídias de massa. São essas instituições que criam as suas próprias verdades, são essas instituições que precisam ser controladas, e criticadas, por terem o poder de controlar as massas.

Não confunda o poder de controle e manipulação, com o processo de formação de opinião pública, esse último é inteligente, dinâmico e possui uma capacidade considerável de autocrítica, acompanhando suas doutrinas. Na formação de opinião pública, a lógica e todas as ideias que seguem nessa mesma direção, são agregadas, inclusive com a capacidade de redirecionar a linha matriz desse pensamento.

A partir do momento em que o Regime Militar não conseguiu se sustentar, fez se necessário a criação, através das mídias de massa, de um novo sentimento para o povo, as Diretas Já.

O movimento das Diretas Já, foi um sucesso, mas o seu processo, em si, foi um fracasso.

Articulado por um homem considerado mestre na arte da política, ele conseguiu quase unanimidade, conseguiu até convencer o Governo Militar que o seu partido teria chance. Segundo as más línguas, teria pago para alguns políticos votarem contra, criando um ambiente de competitividade.

Depois da vitória massacrante, esse homem, chamado Tancredo Neves, morreu sem tomar posse. Esse foi apenas o início de um processo, desencadeado por sua morte.

Seu vice, todos nós sabemos, bebeu da fonte da ditatura durante muito tempo, antes disso, e depois disso também, ele mostrou uma habilidade incrível de mudar de lado. Essa capacidade de mudar de lado, dos políticos brasileiros, deixa-me em dúvida sobre a real ideologia deles.

Em todos os países do mundo, a ideologia de esquerda é relacionada com os partidos populares, socialistas, etc.  A ordem dos fatores é clara, são simpatizantes dos democratas americanos, sem necessariamente serem democratas; se houvesse uma disputa entre os democratas e um terceiro partido socialista ou trabalhador, os democratas perderiam a preferência, esse é o conceito de esquerda.

No Brasil, isso até funciona parcialmente, ou hipocritamente. Todos os partidos socialistas e trabalhistas, com exceção do PDT, tendem a apoiar o PT. O PT é o partido de esquerda, e o fato de ele estar no poder não muda isso, sua formação é socialista – ou deveria ser.

Se o PT é um partido de esquerda, o que José Sarney faz no governo. Aqui começa a grande confusão chamada bipartidarismo, em outras palavras, um bolo repartido ao meio, sem a participação do povo.

A lei da governabilidade, em sistemas bipartidários, é cruel.

Quando se especulou que o PSDB poderia se aliar ao PT, em seu fim de mandato, isso se deveu ao fato de o PT ter uma tendência anarquista, ou seja, contra tudo.  FHC ajudou nessa especulação, afinal de contas, ele foi uma peça fundamental, talvez até contra sua própria vontade, ao dizer: “Se Lula ganhar o Brasil não vai quebrar, isso é coisa de estrangeiros que querem mandar no país.”

O que se sabe, é que entre as poucas operações da Polícia Federal, autorizadas pelo Governo FHC, houve uma que chamou a atenção, foi a apreensão de uma fortuna, não declarada, na casa da família Sarney antes da possível candidatura de sua filha. Isso tornou impossível a convivência do PMDB e PSDB do mesmo lado do bolo.

O primeiro Presidente a desafiar o sistema internacional foi o próprio Sarney. Ele tirou das mãos do Regime Militar a dura tarefa de dar o calote na dívida, além da dura missão de realizar algumas mudanças que o desgastado Regime Militar não poderia realizar. Mais uma vez o povo foi enganado, foi o próprio Regime Militar quem apoiou o Governo de Sarney, ninguém poderia dar o calote na dívida externa e criar um congelamento em fase de transição política, sem o apoio militar.

O governo seguinte, de Fernando Collor, tinha tudo para dar certo, tinha até um  perfil presidencialista linha dura. O grande problema é que ele não tinha um grande partido, não tinha apoio; a corrupção foi a alternativa para convencer políticos a aderirem a causa, tudo deu certo, pelo menos por algum tempo.

Quando Collor criou medidas protegendo os pobres, expondo a classe média alta aos efeitos devastadores do sistema, aqui, ele cometeu o primeiro erro. Não se pode atacar a classe média alta, usando uma instituição dominada por ela, como é o caso da política.

A partir daí, todos os crimes do submundo da política estavam prestes a serem expostos. Todos nós sabemos que não é possível resolver todos os problemas de corrupção, num país como o Brasil.

Era preciso um testa de ferro, alguém para responder por todos os corruptos, esse alguém foi PC Farias. Tudo teria se resolvido, se PC tivesse aceitado a dura missão; acho que na confusão, alguém esqueceu de avisá-lo.

“Todos vocês que me acusam são hipócritas”, isso soou como, todos vocês receberam dinheiro. Uma regra básica, no Brasil é: “Não ameace, denuncie!” PC cometeu esse erro, pagou caro.

Quando FHC diz que o mensalão foi pior que o Esquema de PC, isso está certo, até porque foi ele mesmo que não deixou a Polícia Federal trabalhar, durante todo o seu mandato.

Itamar Franco foi o vice  de collor, isso não foi muito bom para a sua carreira política. Durante o seu mandato trocou muitas vezes de Ministro até chegar a FHC, um político com passado socialista e que conhece muito bem os dois lados, esquerda e direita.

FHC controlou a economia, pelo menos até o final de seu mandato, foi aí, que mesmo contra a sua vontade, disse que Lula não quebraria o Brasil; Na verdade quem não quebraria o Brasil era a especulação, caso ele  agisse rápido.

Assim, a classe média alta perdeu uma grande oportunidade de se unir a classe operária, perdendo seu espaço para o clube fechado da política.

Com a vitória do PT, não houve nenhuma novidade, em relação aos governos socialistas, exceto pelo mensalão. Todo mundo ficou surpreso com o mensalão, mas há quem tenha dito: “Vocês não sabiam? – Sempre houve um caixa dois – Como vocês acham que esses megashows são pagos? – nós apenas demos maior transparência a esse processo.” 

Agora, como sempre, o passado e o presente conspiram para que o povo não tenha um futuro. É Bom que se diga: “Sempre haverá um amanhã, o problema é que, no Brasil, isso só ocorre de trinta em trinta anos.”

O brasileiro tem medo de mudanças, mesmo sabendo que elas são inevitáveis. Sabendo disso, os políticos fazem a sua parte, atendendo o desejo do povo, de sempre manter tudo do jeito que está.

By Jânio

julho 19, 2010 - Posted by | Política | , , , , , , , , , , , , , , , , , ,

16 Comentários »

  1. Que Post Fantástico!

    AMIGO JÂNIO:
    Uma leitura de alto nível sobre os tentáculos da plutocracia brasileira… Uma retrospectiva nota mil.
    Caso eu consiga terminar mais uma janela no nosso Blog, vou colocar o Link – em destaque- deste artigo durante três dias seguidos no topo do meu blog.
    Parabéns por mais uma excelente matéria!
    Abraços,
    LISON.

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    Comentário por LISON COSTA | julho 19, 2010 | Responder

  2. Na realidade, a ultima mudança significativa foi entre os governos Figueiredo e Sarney, de lá pra cá, vem sendo sempre a mesma cadencia e eu não vejo perspectivas de mudança tão cedo.
    É mais ou menos como diz um conto popular nordestino, enquanto você está na lama, está agasalhado, quando te tiram da lama, qualquer brisa pode te resfriar.
    O povo não gosta de mudanças, o governo não gosta de mudanças, a mídia não gosta de mudanças, então mudar pra que?
    Há muitos anos que se diz que o Brasil é o país do futuro, eu gostaria que fosse o país do presente, mas paciência, a maioria é que vence.
    Belissimo texto, gostei muito
    Um grande abraço
    Giba

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    Comentário por Gilberto | julho 19, 2010 | Responder

    • Olá Gilberto:

      Um bom começo de segunda para você. Para mim, já foram dois grandes presentes os dois primeiros comentários do texto.

      A mesma coisa que eu disse para o Lison, vale para o seu comentário também. Você identificou rapidamente a essência do que eu gostaria de passar em um texto com muito mais elementos.

      Seu feedback foi fundamental para a aprovação de um pensamento, melhor, apresntando um elemento novo. Sendo um país do futuro, o controle de massas cria um sentimento de irresponsabilidade, onde devemos transferir a nossa responsabilidade para as crianças que ainda nem cresceram.

      ABS

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      Comentário por Jânio | julho 19, 2010 | Responder

  3. Olá Lison:

    Obrigado pela força e pela compreensão com nossas argumentações, temas como esses podem se tornar deveras amargo, quando a verdade se faz necessária de ser expressada.

    ABS

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    Comentário por Jânio | julho 19, 2010 | Responder

  4. Caro Jânio
    Já dizia um sábio que “da discussão nasce a luz”. Permita-me, portanto, deixar aqui minha opinião sincera e honesta sobre o que li. Esse texto faz questão de vincular a classe militar brasileira às elites dominantes e fala em algo que na verdade não existiu no Brasi: Regime Militar.
    Vamos por parte.
    1º – Os militares (eu sou um deles, na reserva, com muito orgulho)não são e nunca foram oriunddos das elites. Meu pai, por exemplo perdeu uma perna (não um dedinho mínimo, numa mina de carvão e se aposentou por isso) Eles vêm das camadas médias e baixas da população. Grande parte de nossos generais eram e são filhos de sargentos, cabos e até soldados engajados,gente vinda
    das modestas populaçõs periféricas das grandes cidades e de pequenos núcleos populacionais do interior. Já não se pode dizer o mesmo acerca dos políticos, que são a razão de ser dessa democracia anômala sob a qual vivemos. Afinal, para se tornar depuado, senador, governador, prefeito das grandes metrópoles ou presidente da República, precisa ter dinheiro para custear campanhas milionárias. E isso, os pobres não têm. Já, para ingressar na carreira militar, basta ter vocação, formação intelectual básica (o que não existe para a classe política)e pagar uma pequena taxa (agora, pois no “Regime Militar” era gratuito) para prestar concurso às escolas de sargento e academias militares. O resto, depende do talento de cada um. Nada é mail democrático, portanto.
    2º – O governo instalado no Brasil a partir de 31 de março de 1964 nunca se caracterizou como “Regime Militar”, pois a população não passou a viver, a partir de então, sob a égide de Regulamentos Militares,mas sim de uma Constituição que respeitava o direito de ir e vir, o direito de escolha partidária (as oposições da época são uma prova disso – os “Simons”, etc. cresceram politicamente dentro de uma “ditadura” ?) , a liberdade de religião, restringindo apenas “certas liberdade de imprena” e “certas manifestações culturais”, que estavam a serviço não da redemocratização plena do Brasil, mas sim do euro-comunismo liderado por Moscou e intermediado por Cuba,responsável, aliás – e quem tem conhecimento de causa sabe disso – pelo Golpe Civil-Militar de 1964, que não foi um golpe na democracia, mas nos grupelhos que tentavam contra a soberania nacional, como vendilhões do templo. Na verdade foi cum contragolpe.
    No resto, o texto é límima expressão da verdade. Somos sim um país de eleites dominantes e “nunca antes na história deste pais”, como agora – em plena democracia de mentirinha – essa elites estiveram TÃO DOMINANTES. Só para lembrar. No tempo da chamada “Ditadura Militar”, o sistema bancário (SÍMBOLO MAIOR DAS ELITES DOMINANTES) tinham que pagar juros até para as contas correntes. Quem não lembra das CCR (Contas Corrente Remuneradas). Agora, a coisa se inveteu: são os correntistas que têm de pagar taxas de serviço aos bancos, para deixar seu dinheiro lá, sendo usado pelo sistema para fins lucrarivos caracterizadamente agiotas.
    Para finalizar. A cantilena das “Direta Já” não foi um movimento vitorioso, posto que acabou derratado no Congresso. O fim do ciclo dos generais no poder não foi uma conqusita da oposição, pois a partir de Geisel, depois complementado no governo Figueiredo, o Regime vigente já anunciava a tal “abertura”, até porque a grande ameaça à nossa soberania já tinha se exaurido, com a derrocada da União Soviéticda e a queda do Muro de Berlim. Afinal, não foi a oposião de Tancredo Neves quem venceu na última eleição indireta. Foi o Maluf que a perdeu, provocando um radcha na ARENA, algo que não teria aconecido caso os generais tivessem um candidato próprio, como nas eleições indiretas anteriores. Mas já não mais havia interesse nisso, porque o processo de depuração já estava concluído.
    Um abraço
    Lino Tavares

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    Comentário por jornalista Lino Tavares | julho 19, 2010 | Responder

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  12. Olá Lino:

    É sempre bom ter um comentário de quem viveu de perto os momentos da história.

    Eu tinha uma certa simpatia por Ernesto Geisel, também sei que havia no tempo dele duas alas no governo, a linha dura era a do João Batista Figueiredo.

    O meu ponto de vista dessa época é de um menino de dez anos, além disso é de uma cidade de interior. Nessa época eu fiz uma denúncia pessoalmente ao General Ernesto Geisel, mesmo aos dez anos, eu entrei na mira da burguesia da cidade, comerciantes que afirmavam que eu havia sujado o nome da cidade, até hoje trago essas marcas.

    Apesar de ter sido atendido pelo General, na denúncia de desvio de merendas, a escola passou a fornecer como merendas para os alunos, copos de chá: mate, toddy, etc. Era muita sorte quando havia algo para comer, como um copo de arroz doce ou macarrão.

    Os funcionários passaram a ser voluntários, pois a Prefeitura se recusava a liberar recursos.

    Sob o meu ponto de vista, nenhum sistema de governo funcionou no país, sempre houve problema de gestão.

    Depois das diretas, ainda houve o voto aos dezesseis. Não bastava o voto obrigatório, o que cria uma certa anarquia no poder, eles tinham que aprovar pessoas ditas menores de idade para votarem.

    Para mim essas sempre foram formas de manipulação, o voto obrigatório leva pessoas despreparadas às urnas, assim como os votos de menores, que certamente serão coagidos pelos pais a votarem.

    Pela forma como Paulo Maluf agia no tempo do Governo Militar, a corrupção nas cidades de pequeno e médio porte, levava me a crer que a gestão não era o forte dos militares.

    Depois que eles sairam piorou, porque a infra-estrutura deixou de existir, estradas foram abandonadas, saúde não existe e o principal, não há mais justiça.

    Tudo está do jeito que os políticos gostariam que estivesse, exceto pela atuação da Polícia Federal, o que acabou afetando a elite, que não pode mais lavar o dinheiro com tanta facilidade.

    Eu acredito que se a Polícia Federal continuar atuando dessa maneira mais algum tempo, o que vai acontecer é que as grandes empresas de comunicação passaram a criticar o sistema e sonhar com a volta do governo Militar.

    O principal alvo deles agora, é impedir os blogueiros de digitarem o que pensam, essa força das minorias não agrada nada as elites.

    Quando o Presidente Lula ganhou, muita gente votou achando que haveria uma retomada do Governo Militar, estavam errados. Até o Vice, José Alencar, que falava demais, foi encaminhado ao Ministério da Defesa, um Ministério onde não se pode abrir a boca, já o José Dirceu ….

    ABS

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    Comentário por Janio | julho 20, 2010 | Responder

  13. Jânio,

    Na boa, seu texto é espetacular, tem o que eu gosto: ALMA. Queria acrescentar algo, mas te digo que com o avanço da tecnologia, principalmente na área de Entretenimento, o povo deve se alienar ainda mais e usar pouco (quase nada) do poder de Formação de Opinião que a Internet pode nos trazer.

    Eu queria uma Internet militante, sem “controles” por parte dos portais de relacionamento e entretenimento. Falo do controle mental e alienador mesmo.

    Parabéns! Vou retwittar pq o texto merece!

    Abçs!

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    Comentário por Ebrael Shaddai | julho 24, 2010 | Responder

  14. Olá Ebrael:

    Gostei do comentário.

    Seus comentários sempre nos trazem algo novo para agregar ao texto. É muito bom ver que alguns de nossos textos estão lado a lado nas buscas.

    Fica claro que está havendo problema de educação em nosso país, não só na escola, como no ambiente domésticos. Eu sempre insisto na questão das tradições, não da tradição da família Sarney, mas de pessoas que realmente dão valor a ideologia.

    Eu acredito que não devemos depender totalmente do ensino público, que nunca teve interesse em pessoas que pensam, precisamos participar mais da vida das crianças.

    Quando você cita os portais de relacionamento, eu me lembro do Alceu, um anarquista, pelo menos na minha opinião, muito bom para se ler.

    ABS

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    Comentário por Jânio | julho 24, 2010 | Responder

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