Quem será o vice do PSDB
O vice da chapa da candidata à presidência da República, do PT, nós já sabemos, será Michel Temer, mostrando que apesar da falta de credibilidade de fatos ligados a boataria, vale o velho ditado: “Onde há fumaça, há fogo.”
Como eu já falei em outros blogs, a indicação de Michel Temer acerta dois coelhos:
Primeiro: Resolve o problema do Próprio PT que precisa mais de um vice representativo, e de liderança, do que uma pessoa popular.
Segundo: Resolve um problema do PMDB, um partido que já anda dividido, uma parte apoiando o governo e a outra a oposição, uma incoerência no âmbito político.
Com essa escolha, o PT conseguiu uma estratégia perfeita, pelo menos em termos políticos. Agora eles só precisam torcer pela saúde de Dilma, para que ela não morra de crime passional ou de problemas do coração, mantendo a tradição e a maldição dos vices no país.
E o azarão José Serra? – quem será o seu vice? – Como sempre, o complexo de Barrichello segue ao seu lado, o PSDB já demorou para declará-lo como seu candidato, feito isso, agora é o vice que fica na poeira do PT; como se não bastasse, ainda tem a boataria que Aécio não gostaria de ser seu vice, deixando no ar: “Onde há fumaça, há fogo.”
No caso de boatos, em se tratando de política, só há uma maneira de vencê-los, assumindo uma postura firme e consciente, o PT é especialista nisso.
Foi com essa postura que o PT venceu os especuladores, atuantes no câmbio; foi com essa postura que o PT assumiu várias derrotas, quanto ao aumento de salários, pagamento de décimo terceiros e outras derrotas.
O PSDB deveria saber que brigar com o governo, em época de eleições, é pura perda de tempo. A melhor maneira de vencer um partido de governo, em época de eleições, é desacreditá-lo, mostrar seus podres, seus candidatos suspeitos, desde que seu teto não seja de vidro.
Muito se disse sobre o PT ter criado uma imagem de partido sem corrupção, coisa que os outros partidos não tinham, isso foi muito evidenciado na época do mensalão. O PSDB parecia não ter o teto de vidro, mas o ex-presidente do PSDB de Minas mostrou que havia uma telha quebrada, bastou essa telha para mostrar que, na política, não interessa quem está certo, é tudo uma luta pelo poder.
O PSDB baixou a bola e o “mensalão” acabou como se nunca tivesse existido, só Arthur Virgílio e Jefferson Peres mantiveram suas posturas firmes. O cartão corporativo de Arthur virgílio sepultou de vez o líder de oposição, enquanto Jefferson Peres teve a conta do funeral paga com verbas ilegais; quis o destino que o homem mais “acima de qualquer suspeita” fosse envolvido em corrupção, mesmo depois de morto, mantendo uma unanimidade na política, que além de burra é corrupta.
Se Aécio Neves for forçado a ser vice, ao que parece ele queria ser candidato à Presidente, pode ser que o próprio estado de Minas seja contra, como já se vê nas pesquisas para Governador, onde Hélio Costa (PMDB) Aparece isolado.
O mais curioso é que José Serra não queria ser candidato a Presidente, pelo menos segundo a boataria, ele sabia que era mais garantido como Governador de São Paulo, onde nem o antipático Kassab (nada contra a pessoa) foi suficiente para queimá-lo. O que aconteceu é que, depois da queda da ala de Alkimin, a ala de Serra ganhou força, politicamente ele está forte.
Dilma também está forte, depois de José Dirceu, ela é a pessoa mais forte do Governo. Como eu não canso de lembrar, José Dirceu é mais forte fora do Governo do que dentro.
Passamos por um momento interessante a ser analisado, quando Lula ganhou, muita gente votou nele, mesmo com medo, o próprio então Presidente FHC disse que o Brasil não quebraria se ele ganhasse, contrariando a especulação que não lhe deu trégua até o último dia.
Observação: A maioria dos especuladores era da direita. Lula venceu pela rejeição ao governo FHC, onde o salário subiu até 100 dólares, voltando aos mesmos 60 dólares do início de seu primeiro mandato, hoje está em quase 500 dólares. É o custo de vida que preocupa agora.
Nesse momento, dizem que as pesquisas estão equivocadas, segundo ela lula tem uma grande aprovação, talvez até maior do que em seu início de Governo, o que, teoricamente, elegeria qualquer indicado seu, até Dilma Rousseff.
Por outro lado, Dilma Rousseff é dez vezes mais radical que Lula, Dilma não foi “Criada” em laboratório como Lula, pelo contrário, ela escolheu ser, assim como José Dirceu, Genoíno, Gabeira, FHC, José Serra e tantos outros.
Como podemos ver, a disputa será entre socialistas, opositores do regime militar, com um pequeno detalhe, Dilma usou as armas, literalmente, mesmo que ela e Gabeira neguem isso.
Esse é um bom motivo para os capitalista e especuladores terem muito medo nas eleições, medo de Serra e dez vezes mais medo de Dilma.
Estamos em um período que lembra muito o Império Romano, onde o povo é sempre o último a saber.
By Jânio
2 Comentários »
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Parabéns, amigo Jânio
Excelente análisa sobre a prévia da conjuntura eleitoral que vivemos. Acho que o vice de Serra acabará sendo Aécio Neves, mesmo. Creio que o neto do Doutor Tancredo não deve continuar fazendo “doce” por muito tempo. Afinal, como Antônio Brito, no RS, deve sua carreira, em parte, ao velho caudilho mineiro, que hoje, pelo que se conheceu dele, estaria alinhado ao PSDB, já que fora desafeto do PT que o negou seu voto nas “Indiretas Já”, o que vale dizer que o PT “ético” da época, preferia Maluf, já que em nada contribuiu para derrubá-lo.
Sobre os especuladores e magnatas do mundo empresarial, eles nada têm a temer com esses dois candidatos de extrema esquerda e meia esquerda. Afinal, foi nos governos de FHC (outro meia esquesrda) e no de Lula (extrema esquerda) que mais foram contemplados com a maior fatia do bolo social. No tempo do Regime Militar, por exemplo, os bancos pagavam juros até para simples corresntistas. Agora, são os correntistas que têm que pagar para manter conta bancária. As estradas eram asfaltadas e não pedagiadas, como agora. Os militares tinham que suar sangue para ter um aumento razoável de salário. Agora, em plena esquerda no poder, nunca ganharam tão bem. Sabiam que os salários nas Forças Armadas dobraram durante os dois “desgovernos” do Lula ?
Abrçs.
jornalista Lino Tavares
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Comentário por jornalista Lino Tavares | maio 20, 2010 |
Olá Lino:
Esse talvez seja o grande problema de pais emergente, ou seja, lutamos para ver quem vai lamber o osso, mas a carne do banquete nunca chega até nós.
Você lembrou muito bem da ditadura, quanto as estradas, eles fizeram muita coisa. O único ponto de vista que eu tenho, é o de uma pequena cidade interiorana, portanto eu posso dizer que os militares perderam o controle no fim do período.
Em minha cidade, havia muita corrupção, era um lugar abandonado, apesar da ditadura. Hospitais particulares deixavam as pessoas morrerem nas porta, já que o governo não pagava convênio.
Fora isso, as estradas estão um caos, a criminalidade aumentou e a corrupção permanece na mesma, com um avanço, não pela boa vontade dos políticos, mas pela força da internet. Agora nós podemos falar e saber a verdade, isso é muito bom.
ABS
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Comentário por icommercepage | maio 20, 2010 |