O monstro de Brasília levanta uma grande questão. Monstro?
Um caso de polícia, em Brasília, expõe um problema social crônico do Brasil, ou melhor vários.
O “monstro” pedófilo levanta uma questão: Seria um caso de psicose, pedofilia ou seu caso deveria ser tratado como crime comum?
Esse “monstro” foi preso por pedofilia, cumpriu quatro anos de prisão e foi liberado, sendo diagnosticado como mentalmente são. Depois de sair da prisão, verificou-se que o homem não estava tão normal assim.
Casos como esse, sempre nos trazem a memória a história de Jack “o estripador”, onde há suspeita, inclusive, de que o famoso psicopata pertenceria à família real. Evidentemente que um escândalo, como esse, não poderia vir à público em hipótese alguma, chegando às proporções que chegou.
No Brasil, o caso mais curioso foi, se eu não me engano, “Bandido da Luz Vermelha”, um criminoso que assaltava as residências e estuprava suas vítimas.
Depois de preso, por pressão da mídia, recusou-se a hipótese que o homem era louco, como consequência, ele cumpriu toda sua pena, durante longos anos, em seguida, antes de ser solto, chegou-se a conclusão de que ele não tinha condições de sair às ruas.
O problema é que aceitar o fato de que o preso era louco, seria confessar um erro da justiça, podendo haver indenização da vítima. Sendo solto, o “louco” foi para Santa Catarina, na casa de parentes que também não o aceitavam; foi morto depois de brigar com pescadores, deixando a justiça em paz com a sua consciência.
Há um conflito de interesses aqui, um bandido é um marginal, portanto abaixo da linha de pobreza. Se um marginal começa a ter direitos, isso não é bom para um sistema burguês, onde o pobre não tem direitos.
Em Brasília, o caso não foi diferente, o homem que deveria ir para um sanatório, foi preso, cumpriu uma pena irrisória, quando em um sanatório sua pena seria muito maior, ou por toda sua vida, caso sua doença fosse comprovadamente crônica.
Quem foi que disse que o estado está preocupado com o que acontece com o povo? – Quanto menos tempo o estado ficar responsável por uma pessoa, mais dinheiro sobra no caixa, esse sim interessa aos políticos.
Não temos estrutura carcerária para manter nossos presos na cadeia por muito tempo, mesmo assim mantemos os presos errados, os cabeças, causa do caos no Brasil, não ficam mais de alguns meses, como foi o caso de José Roberto Arruda e Paulo Maluf. Sarney nem processado foi, o pedido de CPI foi arquivado.
Ficou comprovado o caso de pedofilia, e, pelo menos nesse caso, não será possível negar que a pedofilia esta acompanhada de uma doença. Também não será fácil negar que há vários níveis de psicose, alguns doentes não tem cura e precisam permanecer reclusos o resto da vida.
Também não dá para aplicar a pena de morte, pelos vários motivos já observados por vários comentaristas, em outros posts sobre o tema.
Qualquer pessoa que conheça um pouquinho de história, saberá que houve, no passado, sociedades inteiras que foram controladas por regimes fascistas, onde toda a população seria condenada a morte, a república romana é um exemplo disso, considerada quase perfeita, pelo tempo que durou, mas que seria, toda a sociedade, condenada a morte, pelas atrocidades que cometeram contra os cristãos e outros povos.
Mesmo recentemente, temos muitos exemplos de sistemas caóticos e até o sistema americano é suspeito de forjar motivos para suas guerras sujas.
Portanto, a solução não é tão simples como a pena de morte. Não se pode cometer crimes e suicidar-se, como Adolf Hitler, escapando das responsabilidades, se bem que isso já estaria acontecendo no Brasil, se as leis fossem rígidas.
Quando Maquiavel desafiou o sistema, em busca de uma nora Roma, onde o povo estaria unido, desobedeceu princípios de lógica, em nome desse sonho. Idéias, consideradas ultrapassadas, vieram a tona, na mente de Maquiavel.
Num ponto ele estava certo, a natureza do homem é má, pelo menos é isso o que prova o julgamento a que foi submetido.
No caso Isabella Nardoni, nem fiquei fora das críticas – E se fosse sua filha infeliz? – então é isso, as pessoas estão se colocando no lugar das vítimas, criando um problema à justiça.
By Jânio
4 Comentários »
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A pergunta traz a resposta…
de onde vem e o que são os atos os atos desta pessoa?´
Quem é a pessoa em sã consciência que diria:
sou ser humano igual a ele…
A grande questão é: somos iguais?
Tem gente vai dizer “sim”… pois bem, estes devem soltá-lo no quintal, morar com ele e morrer através dele…
Por estes maus brasileiros, falsos defensores do direito alheio, por certo devemos perdoar e estimular a prociração de Hitleres, Sadam Husseins, Hugos Chaves da vida e todos os canalhas do mensalão…
São todos “doentes mentais”…estão perdoados…e o melhor, você que paga imposto vai pagar a conta da proteção ao monstro e das indenizações…não serão descontados nem um centavo do juiz e dos assessores… que bom assium não é???…podem errar que outros pagam a conta, outros morrem outros sofrem…
Eu me preocupoo em saber o que se faz com gente assim, com um sistema assim… se fosse empresa privada, de vigilancia, o que fariamos com esses “bons funcionários”?
A pergunta é séria… o problema é que a justiça ainda não leva a sério o que não pode ser reposto: a vida.
O monstro teme morrer..mas não teme matar…ele mata para expurgar seus medos.
A resposta está na pergunta…
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Olá Professor:
Seu comentário foi perfeito.
As opções seriam:
Prisão perpétua – Não será possível, pois o dinheiro do “caixinha” não dá.
Pena de morte – Ainda não é previsto pela nossa legislação, exceto em tempo de guerra.
Sanatório – tão caro quanto as prsões, mas é certo que esse “monstro” precisará ser acompanhado o resto de sua vida.
As vítimas, certamente, teriam uma opinião bem direta a respeito, talvez até resolvam o problema, a sua maneira, quando o réu cumprir sua pena.
Vale lembrar que ele cumpriu quatro anos, sendo considerado normal, até então, aparentemente, não tinha matado. Ele começou a matar por medo de ser descoberto.
De pedófilo, passou a assassino em série…
Obrigado pelo comentário.
ABS
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Muito boa seu texto amigo, é por ai mesmo.
Abraços forte
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Olá amigo:
Obrigado por comentar em um texto tão polêmico como esse.
Um grande abraço.
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