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Eugenia – Da genética ao Nazismo.

a bomba ideológica

a bomba ideológica

Em que você pensa quando alguém fala em genocídio? – certamente, deve pensar em campos de concentração, no holocausto, numa época em que o mundo conheceu o lado mais obscuro da mente humana.

Pensar que Adolf Hitler está morto, pode nos aliviar, isso faz com que possamos dormir mais tranquilos, mas os elementos formadores do Nazismo ainda estão presentes no mundo, não se pode apagar o que uma pessoa pensa ou sente.

Um dos elementos idealizadores do nazismo é uma ciência, seu nome é Eugenia.

O termo Eugenia foi criado por Francis Galton, em 1883, e significava bem nascido. A Eugenia consiste, basicamente, em procurar, através da ciência, maneiras de acelerar a evolução da espécie humana de maneira artificial.

O melhoramento genético, através da Eugenia, não é seu único fundamento, ela também proíbe a mistura de raças como forma de melhoramento genético, qualifica o pobre como responsável pela sua situação financeira, uma pessoa incapaz de progredir.

Dentro desses parâmetros, a Eugenia foi dividida em duas partes, a chamada Eugenia positiva e a Eugenia negativa. A Eugenia Positiva incentivava as famílias geneticamente perfeitas a ter mais filhos, enquanto a Eugenia negativa achava que pessoas deficientes, de baixo QI, pobres e outras menos favorecidas, não deveriam se reproduzir.

Notando que a quantidade de pobres aumentava mais do que os ricos, as classes mais elevadas achavam que isso poderia representar problema no futuro.

Na época em que a Eugenia foi concebida, teve a total aprovação das classes cientificas, da população intelectual em geral, talvez até por não saberem até onde isso ia dar.

A Eugenia, apesar de ter surgido na Inglaterra, seus primeiros registros na legislação, aconteceu nos Estados Unidos, primeiro em Indiana, depois aprovado por vinte e sete estados americanos.

A semente plantada nos Estados Unidos, que já apresentava algumas comunidades racistas, ganhou o reforço da Ciência e da lei, até a bem pouco tempo, em meados da década de 80, do século vinte, o estado do Alabama ainda proibia o casamento inter-racial.

A Eugenia foi patrocinada pelos maiores magnatas norte-americanos como Rockfeller, ou gênios da literatura como H G wells. Nos postos alfandegários era traçado o futuro de italianos, índios ou outras raças, podendo ser deportados ou esterilizados, impedindo que pudessem ter filhos.

Já na antiguidade havia sinais de Eugenia, práticas abortivas, seleção das espécies, até Platão chegou citar a seleção dentro da República.

Francis Galton utilizou a obra de seu primo  Charles Darwin para elaborar os primeiros conceitos de Eugenia, baseado na Origem das Espécies, onde era citado a seleção natural, Galton sugeriu a seleção artificial.

De 1.870 a 1.933, a Eugenia teve muita força, apesar de ser uma ciência experimental, sem comprovação científica, ganhou muita força, principalmente, nas comunidade racista, onde teve seu principais patrocinadores.

Na Alemanha, onde o problema era bem mais sério, devida a sua situação econômica, mesmo depois de passada a fase áurea da Eugenia, Hitler não abandonou a ideia de criar sua versão da Eugenia Nazista. Além da Eugenia e de outro componente que sempre a acompanhava, o racismo, Hitler somou a isso, o Facismo italiano, o ódio dos judeus, pelo povo alemão, e ainda conseguiu como aliado, o comunismo Russo, uma verdadeira  bomba ideológica.

Quando um amigo meu me disse que os povos norte-americanos, ingleses e alemães tinham a mesma origem, exitei em aceitar – “Afinal de contas, você está querendo me dizer que a segunda guerra foi uma briguinha de comadres?” – ao que ele me respondeu: “É triste meu amigo, mas é verdade”.

A admiração que o Presidente americano tinha pelo Jovem Hitler, antes de se tornar o ditador nazista, nos faz pensar que o holocausto por muito pouco não se tornou o Apocalipse.

Vejam bem que o ódio não se cria em alguém, você pode odiar ou não, o que Hitler fez foi incitar esse ódio, acompanhado de argumentos e todos os meios que ele tinha.

Tanto a Itália quanto a Alemanha, atravessavam períodos de incerteza, o povo precisava de alguém determinado, de um líder, nato, capaz de unir todo o povo com o objetivo de sair daquela situação, foi isso o que os ditadores Hitler e Mussolini fizeram.

A Sociedade  Eugênica Brasileira foi criada em 1,918, em 1.931 foi criado o Comitê Central de Eugenia, presidido por Renato Kehl e Belisário Penna, com o intuito de patrocinar a Eugenia e evitar a mistura de raças.

A Eugenia ajudou a criar muitos genocídios pelo mundo afora, o movimento eugênico era um pretexto para o imperialismo britânico, nessa época explodia o ódio racial em forma de ciência, onde só a supremacia da raça branca européia foi poupada.

Foram vários os genocídios, patrocinados pelo império britânico, A Guerra do Paraguai, Índia, África e o mais conhecido, o Holocausto, que decretou o fim da ditadura em relação as raças, pelo menos a nível mundial.

De todos os grandes genocídios, apenas o Holocausto, extermínio de judeus ficou famoso e falado, e foi justamente o extermínio de judeus que não tinha o patrocínio dos britânicos, posicionados contra os alemães, já que conheciam as idéias de Hitler. A concorrência de Hitler, no imperialismo mundial, não agradava nada aos britânicos.

O Presidente Getúlio Vargas também tinha muita simpatia pelas idéias de Hitler, mas nosso destino foi selado quando o Presidente norte-americano ofereceu dinheiro pelo apoio na guerra, foi um grande negócio para o Brasil

A Metalúrgica de Volta Redonda foi o preço da ideologia de Vargas, assim o Brasil se posicionou contra a Alemanha, o que nos poupou muito sofrimento.

Os movimentos eugênicos, comunistas e nazistas, no Brasil, não tiveram tanta força, nem adeptos, a ideologia implica em  muitos sacrifícios, o Brasil nunca teve um grande movimento idealista, nem para o bem, nem para o mal.

A Eugenia, além de evitar a mistura das raças, tratava de esterilização de doentes físicos e mentais, além dos homossexuais.

A Eugenia nazista tirou a força do movimento, mas ela ainda se faz presente em conceitos da genética, animais e plantas. Seus vestígios se fazem notar em guerras como a da Sérvia, Iraque, onde quer que haja instabilidade social ou guerra, sempre haverá um  falso idealista pronto para lembrar da Eugenia.

Até hoje, há seitas racistas nos Estados Unidos, Iraque e em outros países do mundo, na verdade, nenhum país está livre desse pesado fado, os racistas não aparecem com muita frequência,  preferem ficar ocultos, mas a ciência nunca abandonou os conceitos de Darwin, continua ativa até hoje.

Principal fonte: Wikipedia
By jânio.

agosto 15, 2009 - Posted by | curiosidades | , , , , , , , ,

15 Comentários »

  1. […] Eugenia – Da genética ao Nazismo. « Made in Blog […]

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    Pingback por What is a Prince Harming? At Notsalmon | agosto 15, 2009 | Responder

  2. Esse nome deveria ser varrido de toda a literatura, deixá-lo no esquecimento.
    Abraços forte

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    Comentário por Principe Encantado | agosto 15, 2009 | Responder

  3. Olá amigo, é muito bom ter sua presença por aqui.

    Esse tema é polêmico. Eu acredito que esse nome só permanece em pauta, hoje, porque faz parte da história, ainda há vestigios do racismo por toda parte.

    Note, no texto, que seu período mais forte já havia terminado, mesmo assim, ao seu témino, ainda permanecia nos planos de Hitler.

    ABÇs

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    Comentário por Jânio Ferreira | agosto 15, 2009 | Responder

  4. Saudações!
    Amigo JANIO,
    Maravilha!
    Penso que essa é uma palavra vermelha!
    Meu amigo o seu relato é perfeito!
    Parabéns pelo excelente Post!
    Abraços, Lison.

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    Comentário por LISONN | agosto 16, 2009 | Responder

  5. Obrigado pelo elogio Lisonn, esses temas polêmicos deixam a gente no limite, mas é preciso nos lembrarmos de acontecimentos assim, não podemos deixar que certos fatos fiquem apagados da mente de nossos filhos e netos.

    um grande abraço, amigo.

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    Comentário por icommercepage | agosto 16, 2009 | Responder

  6. Olá, muito bom o texto! Obrigado por publicá-lo, já que eu estou tendo que fazer uma pesquisa um tanto complicada, mas com o seu texto e outros sites eu completei a 2ª teoria de 3 que eu preciso.

    Novamente agradeço, e espero que mais textos assim, detalhados e que mostrem a influência de teorias raciais sobre o imperialismo sejam publicados pela internet.

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    Comentário por Victorvisky | abril 17, 2010 | Responder

  7. Olá Victor:

    Há muito mais temas polêmicos, como esse, no blog.

    Essa combinação de genética, eugenia, ocultismo, facismo e racismo, além de outros ingredientes, só podia dar em nazismo, esse sistema maldito, não é mesmo?

    Algumas pessoas acham que tudo foi resolvido, mas não é bem assim, a semente do mal continuará germinando e é preciso ficar atento.

    ABS

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    Comentário por icommercepage | abril 19, 2010 | Responder

  8. não sei como tem coragem de chamar de gênio um cara que patrocinou uma barbárie dessas..
    H G Wells..

    isso é um absurdo

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    Comentário por Renato | fevereiro 3, 2011 | Responder

    • Olá Renato:

      Talvez você tenha razão, a Eugenia foi um erro gravíssimo. O ser humano não deve ser usado como laboratório para testar a filosofia duvidosa de alguns loucos.

      ABS

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      Comentário por icommercepage | fevereiro 3, 2011 | Responder

  9. […] curioso também como a Eugenia virou lei, primeiro nos Estados Unidos, antes da Alemanha, e da […]

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    Pingback por Um grupo de ossos e caveiras « Made in Blog | maio 19, 2011 | Responder

  10. […] curioso também como a Eugenia virou lei, primeiro nos Estados Unidos, antes da Alemanha, e da […]

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    Pingback por Um grupo de ossos e caveiras « 893 | maio 22, 2011 | Responder

  11. […] Eugenia – Da genética ao nazismo Rate this: […]

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    Pingback por Thule – Sociedade secreta ariana « Made in Blog | agosto 27, 2012 | Responder

  12. Caros colegas!!! Texto muito bem redigido, parabéns! Mas, falta o fechamento. “A Verdade”.

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    Comentário por Jairo | junho 4, 2013 | Responder

  13. […] Eugenia – Da genética ao nazismo […]

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    Pingback por Destino manifesto – o início « Made in Blog | fevereiro 24, 2014 | Responder


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