COG – O humanóide quase perfeito.
No filme 2001 – Uma odisseia no espaço, um dos personagens principais era um robô.
Dotado de um banco de dados, nunca antes imaginado pelo cinema, esse fantástico robô, possuía inteligência artificial, tinha personalidade própria, era consciente, conseguia, através de rotinas programadas, tomar uma decisão.
Pensando bem, a programação não está longe disso. Quando tentamos executar um procedimento não previsto pelo programador, recebemos uma mensagem de erro, onde o programa conclui que isto não pode ser realizado.
O Sistema de busca da Google, ao contrário do buscador da Microsoft, deixou de aceitar uma “expressão entre aspas”, isso porque a equipe da google chegou a conclusão que a mensagem de erro, “busca não encontrada”, não ficava bem para um sistema tão “perfeito”, sem aspas não corriam esse risco, para sua sorte, seu sistema era sofisticado, suficientemente, para funcionar sem o uso das aspas.
A conclusão, a que chegamos, é a de que o programa, quando não encontra a solução, tem duas alternativas a serem tomadas: A primeira, optar pela mensagem de erro, Microsoft, é o caso de frases entre aspas, deixando claro a exigência de busca específica como frase exata; a segunda alternativa seria ignorar as aspas, Google, procurando uma resposta mais próxima do resultado, sem a exatidão exigida.
Resumindo: Quando o programa prevê o erro e opta por uma outra solução, evitando o erro, está sendo mais inteligente que a concorrência.
No filme de Kubrick, o robô, através de câmeras, lia os lábios dos astronautas, concluía, através de programação, seu desejo de desligá-lo, em seguida executava formas de anular, eliminar, ou caso não conseguisse, negociar uma forma alternativa, necessária a sua sobrevivência.
Seu banco de dados, além dos requisitos básicos para sua sobrevivência, suas funções, possuía também dados referentes a música, filosofia, sociologia, poesia e outros.
Como vocês podem ver, no conceito de inteligência, mesmo que artificial, estava descartada a hipótese de uma programação, exata, definida, sem questionamentos.
Foi pensando nisso que que o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, MIT, criou uma equipe de profissionais, de vária áreas, com o intuito de criar um humanoide perfeito, pelo menos como humanoide.
Profissionais, das mais variadas áreas, foram reunidos com esse propósito, entre eles: Matemáticos, de onde se origina a lógica; mecânicos, ligados aos processos mecânicos do humanoide; técnicos em informática, para a parte de programação e filósofos, onde entra o processo de inteligência, tomadas de decisão.
Com tanta gente envolvida, é claro que o resultado seria, no mínimo, notável.
O humanoide é desenvolvido de forma a que o seu desenvolvimento seja ligado ao seu contato com o mundo exterior, como uma criança que esta nascendo.
Vejam bem que notamos dois fatos interessantes aqui: primeiro – o reconhecimento da incapacidade de se elaborar, simular, um processo humano, utilizando apenas a tecnologia da informática; segundo- o fato de se começar do nível zero, reconhecer o fato do humanoide não ser nada, antes de seu nascimento, começando a interagir a partir do seu nascimento ou criação, sob o ponto de vista da filosofia.
O nome do humanoide, do projeto, é COG, e o principal responsável é Rodney A. Brooks, as principais funções do humanoide serão simular os sentidos vitais de um ser humano.
A linguagem utilizada por Brooks será adaptada da LISP, criada por John McCarthy em 1927.
O humanoide será desenvolvido por Brooks e Lynn Andrea Stein, com o auxílio de vários assessores, e computadores, utilizando processamentos múltiplos dentro da área de robótica.
O humanóide foi construído a partir de silício e vidro, além, é claro, do metal. A intenção é a criação da primeira máquina consciente do mundo, nem que para isso a tecnologia tenha que repensar o próprio conceito de consciência.
Seus olhos são pequenas câmeras que se movem na medida que alguém entra no local, quando pegamos sua mão, elas pressionam como se sentissem, de fato, uma emoção.
O comportamento do humanoide já começa a assustar, inclusive os próprios envolvidos, que acompanham o projeto. O projeto está longe de seu objetivo, mas apenas as pequenas partes que já foram concluídas, começam a assustar, principalmente porque são muito mais realistas do que no cinema, nossa principal referência, quando o assunto é robótica.
by Jânio
13 Comentários »
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Saudações!
Você sempre nos supreendendo com notícias fantásticas!
Um texto rico em exemplos em várias áreas das ciências, você soube como poucos nos explanar as boas nova do mundo robótico!
Amigo Janio, é verdade, o homem criou a máquina inteligente!
Parabéns pelo texto!
LISON.
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Comentário por LISON | junho 26, 2009 |
É verdade Lison, é assustador, apesar de eu não ter apertado a mão de Cog, eu vi um documentário na tv, fiquei arrepiado. Se há coisas boas que podemos tirar da tecnologia, uma delas é que uma mente não trabalha sozinha, é preciso pensar em grupo, pensar muito a frente de nosso tempo, e, o mais importante, manter as a tecnologia longe das guerras.
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Comentário por icommercepage | junho 26, 2009 |
Bom dia, hoje estou na correria básica de segunda por isso só passei rapidinho pra desejar uma semana abençoada
bjssss
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Comentário por Dri Viaro | junho 29, 2009 |
Obrigado pela visita Dri, sua visita me enche de alegria.
Beijos amiga.
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Comentário por Janio ferreira | julho 5, 2009 |
cada vez mais estamos chegando lá …so temos que ter cuidado com a inteligência artificial… temos muitos exemplos na ficção do perigo da evolução dos robôs…pode ser apenas Fantasia ou sera um dia Verdade…valeu…fuiiiiiii
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Comentário por moreijo | setembro 7, 2009 |
É complicado falar, não é mesmo amigo?
Principalmente se entra em cena a tal da genética.
A idéia de misturar a robótica com a genética, assusta muito.
ABÇs
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Comentário por Jânio | setembro 8, 2009 |
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